O Ministério Público de Goiás (MPGO) emitiu uma recomendação ao secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, para a revogação do Contrato nº 177/2024, destinado à locação de motocicletas para a aplicação de inseticida nas ruas da capital, utilizando a técnica conhecida como fumacê. Este contrato, firmado na mesma data da recomendação, visa o combate ao mosquito Aedes aegypti.
A técnica do fumacê consiste na dispersão de inseticida em forma de fumaça, que é liberada por veículos motorizados, como caminhonetes ou motocicletas, com o objetivo de eliminar mosquitos adultos que transmitem doenças como a dengue, zika e chikungunya. No caso em questão, seriam utilizadas motocicletas, um método chamado de motofog.
De acordo com o promotor de Justiça Marcus Antônio Ferreira Alves, o serviço de aspersão de inseticida é desnecessário no momento, uma vez que os números das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a dengue, estão em declínio na cidade. A recomendação do MP destaca ainda que a dispersão de inseticida via motofog é inadequada quando a umidade do ar está abaixo de 60%, condição comum em Goiânia.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvig) forneceu informações ao MPGO, explicando que o pedido de contratação do motofog foi realizado em março, após a decretação de emergência epidemiológica. No entanto, devido a procedimentos burocráticos, a contratação foi efetivada apenas agora, durante o período de seca, o que compromete a eficácia do serviço.
Diante dessas circunstâncias, o MPGO recomenda que não sejam utilizados recursos públicos para a locação das motocicletas para o fumacê, considerando as condições climáticas desfavoráveis e a atual situação epidemiológica.
Leia a nossa edição impressa. Para receber as notícias do Diário de Aparecida em primeira mão entre em um dos nossos grupos de WhatsApp