O Ministério da Saúde divulgou um aumento de 168% nos casos de HIV entre jovens de 15 a 29 anos nos últimos dez anos. De 2011 a 2021, mais de 52 mil jovens, com idades entre 15 e 24 anos, viram o vírus evoluir para a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).
Dados do governo mostram que, desde o primeiro caso confirmado no Brasil em 1980 até junho de 2022, foram registrados 1.088.536 casos de AIDS. Em 2021, o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) registrou mais de 11 mil óbitos relacionados à doença.
Li Rocha, sexóloga da Rilex, esclarece que o diagnóstico precoce do HIV permite tratamento eficaz que pode interromper a evolução do vírus. “Embora o HIV seja o causador da AIDS, nem todas as pessoas diagnosticadas desenvolvem a doença. Com tratamento adequado, é possível viver com qualidade de vida mesmo sendo soropositivo”, afirma Rocha.
O HIV é transmitido principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas, transfusões de sangue contaminado, transmissão vertical de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação, e compartilhamento de seringas e objetos cortantes infectados.
Entre as medidas de prevenção, destaca-se o uso de preservativos, que, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, é negligenciado por cerca de 60% dos brasileiros com mais de 18 anos. “A camisinha é essencial para prevenir o HIV, outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) e até mesmo uma gravidez indesejada”, enfatiza Rocha. Além disso, o uso de seringas e agulhas descartáveis, luvas para manipulação de feridas e testes prévios de sangue para transfusão são fundamentais na prevenção do vírus.
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