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Joe Biden desiste da reeleição nos EUA: o que significa para Kamala Harris, os democratas e Trump

Ex-senadora e primeira mulher a ocupar a vice-presidência estadunidense, ela é o nome mais forte para enfrentar Trump

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou no domingo (21) que desistiu da candidatura à reeleição, declarando apoio para que a vice-presidente Kamala Harris se torne a indicada do Partido Democrata para disputar as eleições de 2024.

Mas, a pouco mais de 100 dias da votação, que está marcada para 5 de novembro, a medida deu origem a muitas outras perguntas sobre o que acontecerá a seguir no resto de sua Presidência e na disputa presidencial.

Biden permanecerá como presidente dos Estados Unidos até que seu sucessor tome posse, marcada para 20 de janeiro de 2025.

As perspectivas para Kamala Harris se tornar a candidata presidencial democrata receberam um grande impulso com o endosso de Joe Biden neste domingo. Ele deu seu total apoio, afirmando que sua decisão de a escolher como vice-presidente há quatro anos foi a melhor que ele já tomou.

Harris respondeu dizendo que estava honrada por ter o apoio e faria tudo o que fosse possível para conseguir a nomeação.

Ela é a primeira na linha de sucessão constitucional. A impressão de passar por cima da primeira mulher negra como cabeça de uma chapa presidencial seria terrível para o partido.

Harris também teria imediatamente acesso aos cerca de US$ 100 milhões ( R$ 554 milhões) em fundos que a campanha levantou até agora.

Mas também há riscos. Pesquisas de opinião pública mostram que as avaliações de Harris são tão baixas quanto as de Biden. E, em comparações diretas contra Donald Trump, ela tem um desempenho aproximadamente igual ao de Biden.

Aos 59 anos, Kamala Harris é a primeira mulher negra a ocupar a vice-presidência estadunidense, Kamala Harris é filha de mãe indiana e pai jamaicano e tem uma longa carreira no judiciário do país. Ela foi procuradora dos estados de São Francisco e da Califórnia, onde também se elegeu senadora, em 2016.

Nas eleições de 2020, era um dos nomes cotados para ser candidata à Presidência e liderou pesquisas internas dos democratas, mas desistiu após perder apoios importantes dentro do partido.

Após a desistência, o Democrata viu em Harris a possibilidade de atingir o eleitorado feminino e negro, apesar das divergências da ex-senadora com essa população, e a escolheu como vice, na chapa liderada por Joe Biden na corrida eleitoral pela Presidência, que acabou vencendo as eleições de 2020.

Optar por Harris é um risco para os democratas, mas neste ponto não há opções seguras. E os riscos – uma possível vitória de Donald Trump – são os mais altos possíveis.

 

 

 

 

*Com informações BBC e CNN

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