O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu liberdade ao ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, nesta quinta-feira (8). O investigado estava preso desde o dia 9 de agosto de 2023, quase um ano.
Vasques é investigado por, supostamente, ter direcionado a corporação da PRF para dificultar o trânsito de eleitores durante o segundo turno do pleito presidencial, em outubro de 2022.
O ministrou autorizou sua soltura após entender que as condições que justificaram a prisão preventiva do policial há um ano não se aplicam mais.
No entanto, Moraes determinou a aplicação de uma série de medidas cautelares à Vasques. Entre elas estão o uso de tornozeleira eletrônica, suspensão do porte de armas, cancelamento de passaporte, proibição de ausência da comarca, apresentação periódica ao juízo, além da proibição em contatar os demais investigados.
A prisão
Durante seu tempo no Complexo Prisional da Papuda, em Brasília, Vasques recebia visita de 17 senadores, três por vez, todos autorizados a visitas por Moraes. Entre os nomes estavam Sergio Moro, Damares Alves, Ciro Nogueira, Jorge Seif, Marcos Pontes e Magno Malta.
Alexandre de Moraes negou o ingresso de acompanhantes bem como assessores, seguranças, advogados ou familiares, na unidade prisional.
O policial aproveitou seu tempo livre no cárcere, ainda, para estudar para exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A entrada de livros fora deferida pela juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.
Nos últimos meses, ele já prestou duas provas, além de uma recuperação na matéria de Direito Penal, sendo reprovado.
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