Na manhã desta segunda-feira (26), a Defesa Civil do Estado de São Paulo informou que não há mais focos ativos de incêndios em seu território. Entretanto, o órgão ainda não atualizou o número de municípios que continuam sob alerta máximo para queimadas. Até a noite de domingo (25), 48 cidades estavam nesta condição. A onda de incêndios, que se intensificou a partir da última sexta-feira (23), resultou em duas mortes e deixou ao menos 60 feridos, conforme os dados divulgados pela Defesa Civil.
Com a crise, o governo paulista instaurou um gabinete de emergência para coordenar as ações de combate e apoio. Quatorze regionais foram severamente impactadas, e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) mobilizou equipes para prestar assistência humanitária aos desabrigados. A cidade de Pradópolis, na região de Ribeirão Preto, foi uma das mais atingidas, recebendo auxílio da Defesa Civil e do Fundo Social do Estado no domingo (25). Também foi implementado um plano emergencial na saúde, focado no atendimento de pacientes com problemas respiratórios.
A Polícia Federal instaurará um novo inquérito para investigar as causas dos incêndios, enquanto a Polícia Civil já prendeu duas pessoas suspeitas de envolvimento. Segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos registrados em agosto de 2024 é o mais alto para qualquer mês desde o início das medições em 1998.
O governador Tarcísio de Freitas decretou situação de emergência por 180 dias em 45 municípios paulistas por causa dos incêndios florestais registrados entre 4 e 24 de agosto, conforme publicado no Diário Oficial do Estado no sábado (24). Em paralelo, a Polícia Civil está intensificando as investigações sobre incêndios criminosos, com três prisões já efetuadas em São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira.
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