Nesta segunda-feira (26), um grupo de 90 conselheiros do Corinthians, chamado “Movimento Reconstrução SCCP”, entrou com um pedido formal de impeachment contra o presidente do clube, Augusto Melo. O grupo alega irregularidades na gestão e afirma que a falta de organização tem prejudicado tanto o clube quanto o time, que enfrenta dificuldades no Campeonato Brasileiro. Até o momento, Augusto Melo não comentou o caso.
De acordo com Mário Gobbi, ex-presidente do clube e líder do movimento, a ação é apartidária e reúne conselheiros de diferentes visões políticas, todos focados no bem maior do Corinthians. “O clube chegou ao seu limite. É preciso reorganizar a gestão urgentemente para estancar os problemas e permitir que o time reaja em campo”, afirmou Gobbi.
O pedido de impeachment, composto por 19 páginas, menciona possíveis irregularidades no contrato com a VaideBet, que encerrou seu patrocínio em junho, além da rescisão anterior com a Pixbet. O documento pede o afastamento imediato de Augusto Melo e sua diretoria.
O presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, analisará o pedido e tem um prazo de cinco dias para encaminhá-lo à Comissão de Ética e Disciplina, que terá outros cinco dias para notificar o presidente. Após ser informado, Augusto Melo terá dez dias para apresentar sua defesa.
Caso o processo avance, o Conselho Deliberativo convocará uma reunião extraordinária para decidir se o impeachment será levado a votação. Se aprovado, uma assembleia geral de associados será chamada para definir o futuro do presidente. “Para afastar um dirigente, é necessário seguir o procedimento de impeachment, que primeiro passa pelo Conselho e, posteriormente, pela Assembleia Geral”, explicou Romeu Tuma Júnior.
A crise interna no Corinthians acontece em meio à luta do clube contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o que aumenta ainda mais a pressão sobre a atual gestão de Augusto Melo.
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