por Fernanda Cappellesso
Um estudo do Prohort revela que Goiás possui os preços de alimentos mais competitivos entre os Estados do Centro-Oeste. Comparando preços de produtos como frutas e hortaliças com Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal (DF), a análise evidencia a vantagem econômica de Goiás em termos de produção agrícola e eficiência logística.
Goiás se destaca pela produção agrícola diversificada, abrangendo grãos e hortifrutigranjeiros. A proximidade com centros de distribuição e uma infraestrutura eficiente garantem alimentos a preços acessíveis. No caso do abacate, por exemplo, Goiás registrou preço médio de R$ 6,50/kg, enquanto Mato Grosso alcançou R$ 9,44/kg; o DF, R$ 5,78/kg, e Mato Grosso do Sul, R$ 8,00/kg. Essa diferença mostra como a localização estratégica e menores custos de transporte favorecem Goiás.
O economista Eduardo Moreira explica que a estrutura produtiva de Goiás atende não apenas o mercado interno, mas também abastece Estados vizinhos, como o DF. “A localização estratégica e os programas de incentivo à agricultura familiar contribuem para a manutenção de preços competitivos”, afirma.
A oferta variada também garante estabilidade nos preços, mesmo em alta demanda. A batata, por exemplo, foi vendida por R$ 4,80/kg em Goiás, valor abaixo dos R$ 7,60/kg no DF e dos R$ 4,60/kg em Mato Grosso do Sul. Em Mato Grosso, o preço foi de R$ 5,10/kg. Essa diferença reflete a capacidade de Goiás em manter produção constante, reduzindo a dependência de importação e os custos ao consumidor final.
O Distrito Federal enfrenta alta dependência de produtos de outros Estados, especialmente Goiás e Minas Gerais, elevando os preços devido aos custos de transporte e armazenagem. Um exemplo é a cebola, vendida a R$ 6,00/kg no DF, enquanto em Goiás custa R$ 3,50/kg. A diferença destaca as dificuldades logísticas e a falta de uma produção agrícola local robusta.
Perspectivas e desafios para os próximos meses
Com a proximidade das festas de fim de ano, espera-se aumento na demanda por frutas e hortaliças em toda a região Centro-Oeste. Goiás, com produção diversificada, deve manter preços estáveis, enquanto DF e Mato Grosso podem enfrentar elevações devido à necessidade de importação e altos custos logísticos.
“O mercado de alimentos no Centro-Oeste deve experimentar aumento na demanda nas próximas semanas, especialmente para produtos típicos das festividades, como abacaxi e abacate. Goiás, como grande produtor, tem capacidade para atender a essa demanda sem grandes oscilações de preço. Já DF e Mato Grosso devem ver aumentos significativos devido à oferta limitada e à necessidade de importação”, prevê Moreira.
O especialista sugere investimentos em infraestrutura e apoio à produção local para equilibrar o mercado e garantir preços acessíveis. “A melhoria da infraestrutura e o incentivo à produção local são essenciais para reduzir disparidades nos preços e garantir a segurança alimentar em toda a região Centro-Oeste”, conclui Moreira.
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