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Goiás registra 7.352 acidentes com animais peçonhentos em 2024

Casos de escorpiões e serpentes são destaque entre as ocorrências, com 4.591 e 941 registros, respectivamente, segundo a SES-GO

Goiás enfrenta um aumento no número de acidentes com animais peçonhentos ao longo de 2024, de acordo com informações da Secretaria da Saúde (SES-GO). Até o momento, foram registrados 7.352 acidentes no estado, com destaque para escorpiões, responsáveis por 4.591 casos, e serpentes, com 941 ocorrências. A situação mostra um cenário preocupante, embora ainda abaixo dos 7.542 acidentes contabilizados no mesmo período de 2023.

No ano passado, o total de acidentes atingiu 11.888, sendo a maior parte relacionada a escorpiões (7.480), seguida pelos acidentes com serpentes (1.474). O Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), referência no tratamento de casos envolvendo animais peçonhentos, registrou 979 atendimentos em 2024, o que representa um aumento de 13,48% em relação ao mesmo período de 2023.

Acidentes com serpentes

A médica infectologista do HDT, Lissa Rodrigues, destaca que cerca de 70% dos acidentes com serpentes ocorrem durante o período chuvoso, quando a umidade favorece a maior atividade desses animais e das pessoas, especialmente em áreas rurais. Na região metropolitana de Goiânia, a maioria dos incidentes envolve serpentes do gênero Bothrops, popularmente conhecidas como jararacas. Também são relatadas picadas de jararacuçu e cascavel, embora esta última seja menos comum e mais perigosa.

Os acidentes com serpentes podem demandar tratamento imediato com soro antiofídico, que pode ser administrado até sete dias após a picada. No entanto, o atendimento rápido é crucial para evitar complicações como insuficiência renal ou necessidade de cirurgia, especialmente nos casos de picadas de jararaca. Em áreas rurais, hospitais locais podem solicitar o antiveneno ou encaminhar pacientes para centros especializados.

Prevenção e cuidados

Os cuidados com escorpiões e aranhas são necessários durante todo o ano, uma vez que sua presença não está diretamente ligada às chuvas. A recomendação, em caso de picada, é lavar o local com água e sabão e buscar atendimento médico imediato, seja em unidades básicas de saúde ou em hospitais de referência como o HDT. Manter o ambiente limpo e livre de entulho também é uma medida eficaz na prevenção de acidentes.

Entre os grupos mais vulneráveis às picadas de escorpiões estão crianças e idosos, que correm maior risco de complicações graves, como insuficiência respiratória e arritmias cardíacas. Para esses casos, o tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar consequências mais severas.

Atendimento especializado

O soro antiofídico é um recurso disponível nas unidades de saúde de Goiás e é essencial para o tratamento adequado de picadas de serpentes. No caso de acidentes com escorpiões, o atendimento rápido em centros especializados pode evitar desfechos graves.

 

 

 

 

 

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