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Vereador de Goiânia protocola ação popular contra compra de livros pela Prefeitura; entenda

Telêmaco Brandão questiona aquisição de exemplares a R$ 1.200 cada e defende destinação dos recursos a serviços essenciais como saúde e coleta de lixo

O vereador Telêmaco Brandão, do Partido Novo, em Goiânia, protocolou uma ação popular para suspender a compra de cinco mil livros de autoajuda realizada pela Prefeitura, cada um ao custo de R$ 1.200. A medida, considerada desproporcional, gerou repercussão na Câmara Municipal e na imprensa local, especialmente devido às dificuldades financeiras enfrentadas por serviços públicos essenciais, como saúde e coleta de lixo.

Compra questionada

A Prefeitura de Goiânia justificou a aquisição dos livros como uma medida para melhorar a saúde mental dos servidores, que teriam sido afetados pela pandemia. A Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) informou que os livros vêm com acesso a uma plataforma interativa, com o objetivo de promover o bem-estar e a inteligência emocional dos servidores.

No entanto, o vereador Telêmaco criticou duramente o valor pago por cada exemplar, argumentando que os recursos poderiam ser melhor empregados em serviços essenciais, como o fornecimento de energia para postos de saúde. Ele comparou o preço dos livros de autoajuda com o de obras acadêmicas renomadas, como o “Tratado de Medicina Interna Harrison”, que custa cerca de R$ 900, sugerindo que não há ”justificativa plausível para o valor gasto”.

Ação popular e fiscalização

A ação popular protocolada por Telêmaco questiona a falta de clareza sobre os critérios de distribuição dos livros e sobre o impacto que eles trariam para os servidores. Ele afirmou que a gestão pública deve ser fiscalizada para garantir que os recursos sejam aplicados de forma responsável, em áreas que realmente necessitam de investimento, como saúde e educação.

“Estamos aqui para defender o pagador de impostos e evitar que situações como essa continuem a ocorrer. Goiânia precisa de prioridade nos serviços básicos, não de gastos exorbitantes com livros que podem nem chegar às mãos dos servidores”, enfatizou Telêmaco durante seu pronunciamento na Câmara.

 

 

 

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