A área desmatada em Goiás neste ano é a menor desde 2001. O dado é do Prodes, um sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) – que, por sua vez, é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. A totalização, feita a partir de imagens de satélite, detectou a supressão de vegetação em 411,9 quilômetros quadrados do território goiano.
Antes de 2024, o menor desmatamento havia sido registrado em 2016 (pouco mais de 671 quimômetros quadrados).
Na comparação com 2023, ano em que houve supressão em cerca de 804 km², a redução é de 48,8%. E se o comparativo for feito com 2022 (984,8 quilômetros quadrados), a diminuição chega a 58,1%.
Ainda de acordo com o Inpe, a queda no desmatamento em Goiás (48,8%) só não supera, em termos percentuais, a do Distrito Federal (72,2%) e a da Bahia (63,3%). Na outra ponta do gráfico, os estados em que houve maior incremento do desmatamento foram São Paulo (112,8%), Paraná (33,3%) e Pará (14,2%).
Estratégia
secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, atribui o resultado à estratégia adotada pelo Governo de Goiás na pauta ambiental desde 2019, início do governo Caiado.
Essa estratégia se sustenta em três alicerces principais: 1) melhorar o serviço prestado para população (em especial no licenciamento), que antes era ineficiente; 2) estreitar o diálogo com o setor produtivo; e 3) reforçar a fiscalização sobre uma pequena minoria que ainda reincide no desmatamento ilegal.
“Em 2023, assinamos com o setor produtivo um pacto pelo desmatamento ilegal zero. Foi um chamado para que, juntos, a gente consiga zerar a supressão feita à margem da lei até 2030. Os dados mostram que o diálogo e a conscientização estão trazendo resultados”, analisa a secretária. “No âmbito da Semad, o investimento é constante na prestação de serviços. Se o atendimento é rápido e eficiente, as pessoas entendem que vale mais a pena produzir como determina a lei”, completa.
Veja área de desmatamento por ano em Goiás desde 2001 (em km²)
2001: 6,7 mil
2002: 6,7 mil
2003: 6,2 mil
2004: 6,2 mil
2005: 2,5 mil
2006: 2,5 mil
2007: 1,5 mil
2008: 1,5 mil
2009: 1,5 mil
2010: 1,5 mil
2011: 990,2
2012: 990,2
2013: 1,5 mil
2014: 1,2 mil
2015: 1,2 mil
2016: 671,7
2017: 862,9
2018: 742,5
2019: 668,2
2020: 733,6
2021: 920,4
2022: 984,8
2023: 804,3
2024: 411,9
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