O IGP-M (Índice Nacional de Preços – Mercado), indicador responsável pelo reajuste de parte dos contratos de aluguel no Brasil, acelerou 1,3% em novembro, registrando queda em relação a outubro, segundo dados divulgados ontem (28) pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas). Com a variação, o índice acumula alta de 5,55% no ano e de 6,33% nos últimos 12 meses.
O resultado mostra que os contratos atrelados ao indicador com vencimento em dezembro sofrerão reajustes. Em outubro, o índice subiu 1,52%%. O percentual acumulado do IGP-M é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês.
Para efeitos de comparação, em novembro de 2023, o índice tinha registrado alta de 0,59% no mês e acumulava queda de 3,46% em 12 meses.
O inquilino deve estar atento aos indicadores de reajuste que estão no contrato de locação, porque muitas negociações passaram a usar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, como indexador nos novos contratos.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.
Entenda como funcionam os cálculos de inflação
De acordo com comentário divulgado pelo economista do Ibre Matheus Dias, assim como em outubro, “a alta do IGP foi influenciada por commodities agropecuárias”.
Commodities são produtos primários, como minerais ou agrícolas, produzidos em grande escala e negociados com preços internacionais.
O IGP-M tem três componentes, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que apura os preços no atacado; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a variação de custo para as famílias; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
De acordo com Dias, no IPA, os principais destaques foram a carne bovina, o milho e a soja.
No IPC, a maior influência veio da carne bovina, que apresentaram alta de 6,1%. O IGP-M coletou preços no período de 21 de outubro a 20 de novembro. O índice é conhecido como inflação do aluguel porque serve como base para cálculo de reajuste anual de muitos contratos imobiliários.
*Agência Brasil
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