Polícia

Saiba mais sobre a prisão de três pessoas ligadas à equipe do Professor Alcides

Segundo apuração, detidos roubaram o celular de um menor de 16 anos para apagar arquivos que materializassem crime de pedofilia envolvendo o deputado federal do PL

Uma ação conjunta entre as polícias Civil e Militar resultou na prisão de três pessoas que supostamente podem estar ligadas à assessoria do deputado federal Professor Alcides (PL) por presumido roubo de um aparelho celular de um menor de 16 anos que reside em Aparecida. Segundo informações repassadas pela delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Syonara Legrumber, o menor procurou a delegacia para relatar que havia sido abordado por três pessoas ligadas ao político, entre elas, um policial militar do Comando de Policiamento Especializado (CPE), que, por meio de ameaças, subtraiu o seu telefone. Além de narrar o caso, o menor, temendo represálias, solicitou uma medida protetiva ao Judiciário.
“Estamos analisando os materiais apreendidos e apurando as informações. A ação da manhã de quinta-feira [ontem] foi realizada entre agentes da Polícia Civil e Corregedoria da Polícia Militar. A situação foi registrada no início de novembro, momento em que começamos as investigações, que resultaram nas prisões”, destacou ao Diário de Aparecida a delegada titular da DPCA.

Defesa
A defesa do policial militar preso durante as buscas relatou que aguarda acesso aos autos para divulgar o seu posicionamento: “Ainda não tive acesso às informações da operação, mas assim que eu conseguir de forma mais contundente, irei pronunciar a respeito da situação relatada pela Polícia Civil, que é o crime de roubo, previsto no artigo 157 do Código Penal”, destacou ao DA o advogado de defesa Clécio Teles dos Santos.
Conforme apurado por nossa equipe, o roubo do aparelho e as ameaças proferidas em desfavor do menor – que ocorreram dentro de um veículo e com arma de fogo à mostra – podem estar relacionadas a imagens íntimas comprometedoras arquivadas no aparelho, que foram apagadas e devem ser recuperadas por meio da perícia, o que pode materializar o crime de pedofilia.
Até o momento, a Corregedoria da Polícia Militar não se pronunciou a respeito do possível envolvimento do Cabo-PM no crime que vem sendo investigado pela Polícia Civil. Já o parlamentar, que não teve a identidade oficialmente divulgada pela PC-GO até a conclusão deste texto, confirmou que um dos envolvidos preso na “Operação Peneiras” – nome dado à ação em alusão à seleção de novos jogadores no futebol, que, segundo a polícia, era um álibi utilizado para atrair os menores – mora em sua residência. O político não se pronunciou acerca do roubo do aparelho.
Nos próximos dias, os presos devem passar por audiência de custódia para decidir se vão permanecer detidos durante a conclusão do inquérito ou soltos, a fim de responderem em liberdade. (Por Brunno Moreira)

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