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Ex-segurança de Gusttavo Lima se entrega à polícia após operação da PF investigar ligação com o PCC

Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, era procurado desde a semana passada; operação investiga corrupção e lavagem de dinheiro

Após uma semana de buscas, Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogério Punisher ou simplesmente Rogerinho, entregou-se às autoridades nesta segunda-feira, 23 de dezembro. O ex-segurança do cantor Gusttavo Lima e agente da Polícia Civil é um dos alvos da Operação Tacitus, conduzida pela Polícia Federal, que investiga relações suspeitas entre servidores públicos e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Rogerinho apresentou-se no Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 6 (Deinter 6), localizado em Santos, litoral paulista. De lá, foi imediatamente transferido para a Corregedoria da Polícia Civil, na capital do estado, onde ficará detido.

A entrega ocorre após a deflagração da Operação Tacitus, que já resultou na prisão de oito pessoas, entre elas policiais civis do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O delegado Fábio Baena Martin, os investigadores Eduardo Monteiro e Marcelo “Bombom” Marques de Souza estão entre os detidos.

Delação, crimes e vida de luxo

A investigação começou após a delação do empresário Antonio Vinícius Gritzbach, assassinado em novembro, em frente ao aeroporto de Congonhas. Segundo Gritzbach, Rogerinho estava envolvido em um esquema de extorsão e apropriação de bens. Entre as acusações, consta o uso de um relógio de luxo apreendido, avaliado em mais de R$ 200 mil, e a exigência para que o delator entregasse um sítio de R$ 1,5 milhão.

Apesar de receber um salário bruto de R$ 7,9 mil como agente público, Felício ostentava uma vida incompatível com seus rendimentos. Ele aparece em redes sociais viajando para destinos internacionais, como Mikonos, na Grécia, e é sócio de quatro empresas, incluindo uma construtora e uma clínica de estética.

Operação Tacitus e o esquema de corrupção

O nome da operação, que em latim significa “silencioso”, foi escolhido para destacar o modo de agir da organização criminosa. Segundo a Polícia Federal, a quadrilha beneficiava integrantes do PCC com informações sigilosas sobre investigações, além de realizar lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.

Durante a ação, 130 policiais federais cumpriram mandados em São Paulo e cidades próximas, como Ubatuba e Bragança Paulista. Até agora, as autoridades seguem apurando novos desdobramentos do caso, enquanto a Corregedoria da Polícia Civil mantém o agente detido.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo declarou em nota que “não compactua com desvios de conduta” e reforçou o compromisso de punir todos os envolvidos.

 

 

 

 

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