Aparecida

As expectativas de renovação e mudança em Aparecida que cercam Leandro Vilela

Novo prefeito venceu com glória e agora prepara-se para iniciar um mandato no qual não terá o direito de errar

O ano que está prestes a começar, 2025, está destinado a trazer grandes mudanças para Aparecida, com a posse de um novo prefeito eleito em circunstâncias tão especiais que elevaram ao máximo as expectativas pelo seu governo.
Leandro Vilela (MDB) venceu em uma virada histórica sobre o adversário Professor Alcides (PL), desfazendo em praticamente dois meses de campanha a enorme vantagem que Alcides exibiu nas pesquisas por quase um ano e meio e que o fez subir no salto e se proclamar como “antecipadamente eleito”.
Na verdade, o Professor navegou durante meses como candidato único, sem concorrentes, uma vez que o nome cogitado para enfrentá-lo era o do prefeito Vilmar Mariano (União Brasil) – politicamente fraco e, do ponto de vista administrativo, chefiando uma gestão pessimamente avaliada pela população aparecidense.
Mais ou menos 100 dias antes da data do 1º turno, a base governista, em um gesto de inteligência eleitoral, resolveu descartar Vilmarzim e, no seu lugar, lançar o ex-deputado federal por três mandatos Leandro Vilela, sobrinho do melhor prefeito da história de Aparecida, Maguito Vilela, e primo do vice-governador e presidente estadual do MDB, Daniel Vilela.
Sábia decisão, que Alcides avaliou mal, insistindo em não acreditar nas pesquisas que começavam a mostrar o crescimento de Vilela no ranking das intenções de voto e sinalizavam que algo não ia bem na campanha do Professor.
Ao mesmo tempo, o governador Ronaldo Caiado e o ex-prefeito Gustavo Mendanha, apontados em todos os levantamentos como as maiores lideranças em Aparecida, entravam de corpo e alma nas carreatas, caminhadas e eventos em geral promovidos para divulgar a candidatura de Vilela.
Deu no resultado que hoje todo mundo sabe: Vilela surpreendeu ao terminar o 1º turno à frente de Alcides, entrando em crescimento acelerado para faturar o 2º turno com mais do que o dobro da votação do seu oponente.
O novo prefeito emergiu das urnas representando as esperanças de mudança das aparecidenses e dos aparecidenses, compromissado com a realização de um governo voltado para reorganizar a cidade e, de fato, colocar a prefeitura como uma prestadora de serviços essenciais em todas as frentes de atendimento ao público – Infraestrutura, Saúde, Educação e uma em especial que adquiriu grande relevância: defender e valorizar as mulheres, partindo para uma gestão “com e para elas”.
Vilela, assim, passou a encarnar uma missão que não pode dar errado: levar Aparecida a um novo patamar de desenvolvimento, consolidando em definitivo a grandeza em que o município se investiu desde os mandatos de Maguito e foi continuada pelo seu sucessor, Mendanha.
Em outras palavras: dado o forte significado de renovação impregnado pelas condições de uma eleição em que foi abraçado pelo povo aparecidense e, mais especificamente, pelas mulheres aparecidenses, Vilela só tem um caminho pela frente, o de acertar integralmente no comando administrativo de Aparecida.
E todos os fatores favoráveis estão enfileirados: além da credencial de credibilidade que recebeu com a sua espetacular votação, ele assumirá contando com o apoio incondicional de Caiado, o mesmo que, agora há pouco, na cerimônia de diplomação dos eleitos, reafirmou confiar “na capacidade administrativa, na integridade moral, na aplicação correta do dinheiro público e no resgate do município de Aparecida” para arrematar: “Vilela terá total acolhida no governo do Estado.”
E ainda fez um elogio rasgado ao novo prefeito: “Um jovem que, sem dúvida nenhuma, tem uma trajetória que o enaltece por tudo aquilo que passou. Sabe da minha confiança na sua capacidade de gestão e na sua condição de se transformar num dos maiores líderes da política da nova geração em Goiás”, ressaltou o governador.

 

Estrutura da prefeitura não passará por modificações imediatas

O prefeito eleito Leandro Vilela chega ao poder em Aparecida no próximo dia 1º dentro de um cenário completamente diferente do que Sandro Mabel montou para iniciar a sua gestão em Goiânia.
Enquanto Mabel já adiantou providências, aliás, como se tivesse assumido, como o encaminhamento de um projeto de reforma administrativa à Câmara Municipal e muitas mudanças fiscais, inclusive a criação de um novo tributo (a Taxa do Lixo), Vilela optou por aguardar a sua posse para tomar conhecimento da situação da prefeitura e a partir daí adotar medidas de impacto.
Assim, a sua equipe de auxiliares – da qual 12 nomes ele já anunciou – se distribuirá pelas 28 secretarias já existentes. Nenhuma pasta será inicialmente extinta ou transformada nem qualquer outra criada.
Para ter a maior segurança possível sobre o que fazer, Vilela aguardará a conclusão dos trabalhos de uma consultoria especializada em gestão municipal que ele pretende trazer para Aparecida – o Instituto Áquila, de Belo Horizonte, com atuação internacional e ampla expertise em assuntos municipais, deverá ser a instituição encarregada de levantar os dados da prefeitura e propor uma nova estrutura administrativa.
O instituto disporá de um prazo em torno de 40 dias para se aprofundar nos meandros da administração municipal aparecidense, produzir um diagnóstico e propor uma nova estrutura de gestão, a ser encaminhada em meados de fevereiro à Câmara Municipal.
O Áquila já tem algum conhecimento sobre a situação de Aparecida. O instituto elabora um ranking anual chamado de Índice de Gestão Municipal Áquila (IGMA), na verdade uma plataforma de tecnologia e inovação, desenvolvida a partir de informações fidedignas a respeito de todos os 5.568 municípios brasileiros.
O IGMA é composto por seis pilares: Governança, Eficiência Fiscal e Transparência; Educação; Saúde e Bem-estar; Infraestrutura e Mobilidade Urbana; Sustentabilidade; e Desenvolvimento Socioeconômico e Ordem Pública, que são interdependentes e seguem estrategicamente essa ordem para fazer girar a engrenagem, de forma harmônica, rumo ao desenvolvimento humano, segundo definição publicada no site do Instituto Áquila.
Na última edição, fechada em 2024, Aparecida aparece classificada no 1.693º lugar, em termos nacionais, conforme os índices alcançados nos seis pilares de análise. Dentre os 246 municípios goianos, alcança o 52º. De um modo geral, todos os índices apurados caíram com a gestão do prefeito Vilmar Mariano, com péssimos resultados em gestão fiscal, em Educação e na Saúde.

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