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Aparecida de Goiânia registra abertura de mais de 16 mil novos pequenos negócios no ano passado

Número representa um aumento de 15,19% em comparação a 2023

por Eduardo Marques

 

Com a economia goiana em ritmo ascendente e resultados positivos, em Aparecida de Goiânia o panorama também segue em evolução. Um levantamento realizado pelo Diário de Aparecida com dados da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontam que foram abertos 16.318 pequenos negócios no município no ano passado. Esse número representa um aumento de 15,19% em comparação a 2023. As informações foram divulgadas na última sexta-feira (10).

A relevância dessas empresas vai além dos números. Elas são fundamentais para a inclusão social e econômica de diversos segmentos da população. “Os dados mostram a importância incontestável dos pequenos negócios e que muitos empreendedores participam da espinha dorsal do desenvolvimento regional por necessidade, mas também para transformar sonhos em realidade”, aponta Marcelo Moura, gerente do Sebrae Aparecida de Goiânia ao DA.

Em Aparecida de Goiânia, as atividades “promoção de vendas”, “preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente” e “serviços de malote não realizados pelo correio nacional” lideram o ranking de maiores taxas de abertura de pequenas empresas em 2024. As atividades “transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças municipais” e “comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios” ocupam o 4º e 5º lugar no ranking, respectivamente.

Para o gerente do Sebrae Aparecida de Goiânia, Marcelo Moura, tanto para MEI quanto para as MPE, os desafios são muitos, entre eles o incremento do mercado consumidor, investimento em infraestrutura, desenvolvimento do setor de tecnologia, expansão do turismo e o aumento da demanda por serviços especializados. “Sabemos que os desafios são muitos, mas o Sebrae Goiás trabalha intensamente para levar ao município capacitação, ações, programas e projetos que impulsionam os empreendedores a constituírem os próprios negócios ou a melhorarem e expandirem os que já têm”, analisa ao ressaltar que os pequenos empresários podem buscar apoio na sede da entidade, instalada no complexo da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag).

O principal fator de diferenciação entre Microempresas (ME), Empresas de Pequeno Porte (EPP) e Microempreendedores Individuais (MEI), está relacionado ao faturamento do negócio e ao número de funcionários que possuem.

As MEs podem ter uma receita anual de até R$ 360 mil, enquanto as EPPs possuem receita acima de R$ 360 mil e menor ou igual a R$ 4,8 milhões. Já os MEI’s podem faturar até R$ 81 mil, com a contratação de apenas um colaborador.

Devido ao menor risco financeiro, possibilidade de aprendizado prático e facilidade para abertura, o pequeno negócio é uma porta de entrada para o empreendedorismo. Além disso, proprietários de pequenos negócios têm mais controle sobre as operações e decisões, com a capacidade de implementar mudanças rapidamente, o que permite a vivência e aprendizado sobre todos os aspectos do empreendedorismo (desde finanças, até gestão de equipe e atendimento ao cliente).

Empreendimentos se destacam como motores de desenvolvimento econômico e inovação em Goiás 

Geração de empregos, inovação, dinamização da economia local, concorrência e desenvolvimento regional. Esses e outros motivos mostram que os MEI’s, ME e EPP impactam diretamente no crescimento e desenvolvimento da economia brasileira e goiana. De acordo com dados da Receita Federal, os pequenos negócios representam 94% das empresas do Estado (837.311) e 91% no País (22.788.199).

Os pequenos negócios no Estado são compostos por: 56% de MEI (447.147), 38% de ME (298.569) e 6% de EPP (45.247). Eles geram o equivalente a 48% de todos os empregos do Estado. Com capacidade para se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e a proximidade com as comunidades, os MEI e as micro e pequenas empresas têm se tornado protagonistas regionais.

De 2019 até outubro de 2024, as MPE registraram crescimento médio de 12% ao ano, o que mostra a relevância da participação dos pequenos dentro do ecossistema de negócios. Em recente estudo realizado pelo Sebrae Nacional em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi identificado que em Goiás essas empresas contribuem com 38% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

“O cenário econômico brasileiro tem encontrado, nos últimos anos, uma importante força motriz nas microempresas e empresas de pequeno porte. Além de oferecerem soluções inovadoras e serviços especializados para o mercado, também contribuem significativamente para a arrecadação de impostos e distribuição de renda”, avalia o gerente da Unidade de Gestão Estratégica (UGE) do Sebrae Goiás, Francisco Lima.

O perfil do MEI das MPE em Goiás mostra que a idade média dos negócios ativos é de 5,6 anos. Em relação à natureza jurídica dos pequenos negócios, 65% são empresários individuais e 34% são sociedades empresariais limitadas. Quanto ao enquadramento tributário, 86% estão no Simples Nacional. Há uma predominância masculina à frente dos negócios no Estado: 57% dos sócios são homens e 42% são mulheres. A média de idade dos sócios é de 42 anos. Com relação aos setores de atividade, 49% são de prestação de serviços, 32% são de comércios, 10% são industriais, 8% empresas relacionadas à construção civil e 1% são agropecuárias.

 

 

 

 

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