GoiásNotícias
Tendência

Mais de 100 mandados cumpridos em operação contra fraudes da Goinfra

Ação investiga irregularidades em contrato de reforma de prédios públicos em Goiás e DF, com prisões e bloqueio de bens

A Polícia Civil deflagrou na última segunda-feira (27) a operação “Obra Simulada”, com o objetivo de apurar fraudes em um contrato entre a Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) e uma empresa privada do Distrito Federal. As investigações revelaram irregularidades em negociações de serviços de reforma e manutenção de prédios públicos, totalizando quase R$ 28 milhões em contratos assinados entre 2023 e 2024.

Durante a apuração, foi identificado que a empresa contratada recebeu pagamentos antecipados, muitas vezes sem a execução das obras, e que o valor pago estava acima do devido. Relatórios técnicos da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontaram superfaturamento e indícios de lavagem de dinheiro, envolvendo transferências de valores para terceiros ligados a um “sócio oculto” da empresa.

Além disso, a operação revelou a presença de diversas irregularidades no processo de licitação e contratação, incluindo suspeitas de manipulação para favorecer a empresa investigada. A estimativa do prejuízo aos cofres públicos pode ultrapassar os R$ 10 milhões, considerando tanto os pagamentos indevidos quanto os custos necessários para reconstruir as estruturas danificadas.

No total, foram cumpridos 114 mandados judiciais, incluindo 24 de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 32 de afastamento de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático. A operação é conduzida pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), com atuação em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal.

Ex-presidente da Goinfra preso

Em meio à operação, o ex-presidente da Goinfra, Lucas Vissotto, foi preso. Ele havia sido exonerado em abril de 2024, após a suspensão de uma licitação e o cancelamento de um contrato devido a suspeitas de sobrepreço e irregularidades. O Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) já havia apontado sobrepreço de R$ 62,5 milhões em um contrato de compra de aduelas para o programa de implantação de pontes em Goiás.

 

 

 

 

Leia a nossa edição impressa. Para receber as notícias do Diário de Aparecida em primeira mão entre em um dos nossos grupos de WhatsApp

 

 

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo