A Polícia Civil de São Paulo (SP) concluiu o inquérito sobre o acidente aéreo que causou a morte do piloto goiano Paulo Seghetto no dia 9 de janeiro. A aeronave, que saiu da cidade de Mineiros, em Goiás, caiu na Praia do Cruzeiro, em Ubatuba, litoral norte paulista. Com o impacto, o avião pegou fogo. Além do piloto, outras quatro pessoas ficaram feridas.
O inquérito foi encaminhado à Polícia Federal na última segunda-feira (17). Não há conclusão sobre a causa do acidente. Em depoimento, Bruno Almeida Souza, um dos sobreviventes, relatou que achou a pista de pouso curta e afirmou que o piloto tentou arremeter após perceber a extensão do local. Segundo ele, o piloto fez uma curva fechada por causa de um morro na região, o que retardou o toque na pista.
A aeronave, modelo Cessna Citation 525 CJ1, pertencia à família do produtor rural Nelvo Fries, de Goiás. O avião tentou pousar no aeroporto da cidade paulista em condições de chuva, com a pista molhada. De acordo com a concessionária responsável pela administração do local, a aeronave ultrapassou a pista, atravessou o alambrado e explodiu na orla da Praia do Cruzeiro, próximo a uma pista de skate.
O inquérito apontou que a pista operacional onde ocorreu o acidente possui 300 metros a menos do que o recomendado para pousos em condições de chuva. O manual do fabricante indica que o local deveria ter pelo menos 838 metros de extensão, mas o aeroporto apresentava 560 metros.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) informou que segue investigando o caso. O relatório final será divulgado no site do órgão assim que concluído.
Cinco pessoas estavam na aeronave, incluindo duas crianças. O avião decolou do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás, e caiu em Ubatuba. Os ocupantes, todos naturais de Goiás, foram resgatados com vida: Mireylle Fries, seu marido, Bruno Almeida Souza, e os dois filhos do casal. O piloto Paulo Seghetto morreu no local.
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