As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Entre as mais comuns estão herpes genital, sífilis, HPV, HIV/aids, cancro mole, hepatites B e C, gonorreia, clamídia, doença inflamatória pélvica, linfogranuloma venéreo e tricomoníase. Algumas dessas infecções podem ser assintomáticas no estágio inicial ou apresentar sintomas que desaparecem espontaneamente, dando a falsa impressão de cura. Esse fator pode atrasar o diagnóstico e o tratamento, levando a complicações como infertilidade, câncer e, em casos graves, até a morte.
Com a chegada do carnaval, período marcado por encontros casuais, é necessário reforçar os cuidados para evitar a transmissão dessas doenças. ‘‘O carnaval é um momento de lazer, mas exige precaução. O aumento de relações sexuais nesse período preocupa do ponto de vista médico, pois, sem proteção, há risco de exposição a diversas ISTs’’, afirma a infectologista Juliana Barreto.
A médica, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, destaca que algumas infecções podem ser contraídas com facilidade. ‘‘A sífilis, por exemplo, tem alta taxa de transmissão, pois muitas pessoas não utilizam preservativo. O simples contato pode levar ao contágio. Essa doença é conhecida como ‘a mãe de todas’, porque pode se manifestar de formas variadas, imitando outras enfermidades’’, explica. Ela também alerta para a transmissão do HPV, que pode ocorrer pelo beijo. ‘‘O HPV é uma IST, mas não exclusivamente transmitida pelo contato sexual’’, acrescenta.
Entre os principais sintomas das ISTs estão feridas, corrimento, verrugas, dor pélvica, ardência ao urinar, lesões na pele e aumento de ínguas. A prevenção passa pelo uso correto do preservativo. ‘‘O preservativo reduz significativamente o risco de transmissão. Além disso, a hepatite B pode ser evitada por meio da vacina, que deve ser procurada por quem ainda não se imunizou. O HIV, além do preservativo, pode ser prevenido com a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), que deve ser utilizada sob orientação médica’’, reforça Juliana Barreto.
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