Homem é preso em Aparecida de Goiânia por armazenar imagens de abuso sexual infantil, diz PF
Suspeito também mantinha conversas de teor sexual com adolescente de 14 anos; material foi apreendido durante operação da Polícia Federal
Um homem de 46 anos foi preso nesta segunda-feira (5), em Aparecida de Goiânia, suspeito de armazenar imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes em dispositivos eletrônicos. A prisão ocorreu durante cumprimento de mandado de busca e apreensão autorizado pela Justiça Estadual. O caso está sob segredo de Justiça.
Segundo a Polícia Federal, os materiais ilícitos estavam armazenados em celulares e mídias digitais encontrados na residência do investigado. A ação integra a 3ª fase da Operação Anjos da Guarda, que combate crimes de exploração sexual infantojuvenil no ambiente digital.
Durante a operação, os agentes também identificaram conversas de cunho sexual entre o suspeito e uma adolescente de 14 anos. De acordo com a delegada Graziella Balestra, responsável pela investigação, esse tipo de diálogo pode configurar estupro de vulnerável, dependendo do conteúdo apurado.
“Esse diálogo com conotação sexual também configura crime. A depender do que for apurado, ele poderá responder por estupro de vulnerável”, afirmou a delegada em vídeo institucional.
Os equipamentos eletrônicos foram apreendidos e encaminhados para perícia técnica. Caso fique comprovado que o conteúdo foi compartilhado, o suspeito poderá responder também por esse crime, cuja pena é mais severa.
“Nosso foco é combater o armazenamento e a circulação de material com abuso infantil. Só o fato de armazenar já é crime, com pena de 1 a 4 anos de reclusão”, reforçou a delegada.
Graziella destacou que a Polícia Federal mantém um monitoramento constante das redes sociais e plataformas digitais, com foco na identificação e responsabilização de envolvidos em crimes de exploração sexual infantil.
“Conversas com conotação sexual, troca de imagens e qualquer forma de abuso virtual envolvendo crianças e adolescentes são crimes graves, e estamos atuando firmemente nesse combate”, concluiu.
O homem permanece preso e à disposição da Justiça. Se confirmados o compartilhamento de material e o estupro virtual, as penas somadas podem chegar a 20 anos de prisão.