De olho no Senado, Mendanha deve deixar o MDB
Segundo o Jornal Opção, ex-prefeito de Aparecida articula candidatura majoritária fora do partido
O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia e atual vice-presidente da Celg, Gustavo Mendanha, deve deixar o MDB nos próximos meses para viabilizar um projeto majoritário em 2026. De acordo com o Jornal Opção, Mendanha trabalha com três cenários: disputar o Senado, compor como vice na chapa de Daniel Vilela ao governo, ou se preparar para uma candidatura própria ao Palácio das Esmeraldas em 2030.
A permanência no MDB, no entanto, inviabilizaria qualquer composição em 2026, uma vez que o partido já tem Daniel Vilela — atual vice-governador — como nome certo para a cabeça de chapa. A lógica interna é clara: não haverá chapa “puro-sangue”. Por isso, mesmo uma candidatura ao Senado enfrentaria barreiras dentro da sigla.
Nos bastidores, Mendanha tem mantido conversas com lideranças de outros partidos. O União Brasil, que deve lançar Gracinha Caiado ao Senado, não deve abrigar mais de um nome para a disputa. Já o Progressistas, embora possível, também apresenta entraves: o presidente regional, Alexandre Baldy, reafirma intenção de ser candidato a senador.
O Republicanos surge como uma alternativa viável, segundo apurações do Jornal Opção. O partido, que integra a base governista e busca fortalecer sua atuação no estado, manteria as portas abertas para Mendanha.
A equação se complica caso o PL decida formalizar apoio à candidatura de Daniel Vilela ao governo. Nesse cenário, o nome mais cotado para compor com Gracinha Caiado na disputa ao Senado seria o vereador Major Vitor Hugo (PL), ex-deputado federal e aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre as lideranças do campo governista, cresce a percepção de que Gustavo Mendanha só ficará fora da corrida ao Senado caso esse arranjo PL-União Brasil se consolide. Até lá, a movimentação dele será estratégica: manter-se em evidência, costurar apoios e decidir, até o início de 2026, qual será seu novo partido — e seu papel no xadrez eleitoral.