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Bolsonaro admite que fraudes no INSS podem ter começado em seu governo, mas diz que esquema “explodiu” sob Lula

Ex-presidente defende CPMI para apurar prejuízo de R$ 6,3 bilhões e afirma que eventuais culpados de sua gestão devem ser punidos

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu, nesta quarta-feira (15), a possibilidade de que o esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS tenha se iniciado durante sua gestão. No entanto, ele alegou que o caso ganhou maiores proporções durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“É possível e vai ser investigado. Se, porventura, alguém do meu governo fez algo de errado, pague. E ponto final”, declarou Bolsonaro em entrevista ao portal UOL. A fala foi feita no contexto das investigações da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal, que revelou um esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários, com prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

O ex-presidente disse apoiar a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o caso e criticou parlamentares da base governista que não assinaram o pedido. “Nós da direita assinamos. PT, PSOL, PDT, ninguém assinou a CPMI. Vamos investigar”, afirmou.

Bolsonaro também comentou a dificuldade de garantir uma administração com “zero absoluto” de corrupção. “É como zero absoluto, não tem como chegar lá. Tem que investigar. Agora, explodiu no governo do Lula. Explodiu”, disse, em referência ao aprofundamento das denúncias sob a atual gestão.

A proposta de criação da CPMI foi protocolada pela oposição no Congresso Nacional no último dia 12, com apoio de 223 deputados e 36 senadores, em sua maioria ligados ao PL e ao Centrão. O objetivo é investigar como entidades de classe firmaram acordos com o INSS para realizar descontos compulsórios, sem consentimento dos beneficiários.

As investigações da Polícia Federal apontam que sindicatos, associações e fundações utilizavam acordos de cooperação técnica com o instituto para aplicar cobranças mensais diretamente sobre aposentadorias e pensões, sem que houvesse adesão formal dos aposentados.

A Controladoria-Geral da União e o Ministério da Previdência também acompanham o caso. O governo Lula, por sua vez, afirma que rompeu tais acordos ao identificar irregularidades e que está colaborando com as investigações da PF.

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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