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Aparecida propõe cobrar dinheiro, não terrenos, de novos loteamentos para investir em obras

Prefeitura prepara projeto que muda regra do Plano Diretor; proposta será enviada à Câmara na segunda-feira

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia vai propor uma mudança na principal regra que define as contrapartidas de empreendimentos imobiliários na cidade. O município quer substituir a exigência de doação de áreas físicas, que hoje varia entre 10% e 15% dos novos loteamentos, por pagamentos em dinheiro. Os recursos, segundo a proposta, serão obrigatoriamente destinados a obras civis e de infraestrutura urbana, com prazo de execução de até dois anos.

O projeto de lei que altera o Plano Diretor deve ser protocolado na segunda-feira (26) na Câmara Municipal, após a realização de uma audiência pública que reuniu vereadores, técnicos e representantes do setor imobiliário na manhã de quinta-feira (22).

A justificativa da Prefeitura é dar mais agilidade à entrega de melhorias urbanas e evitar o acúmulo de terrenos públicos que acabam ficando ociosos.

Outras mudanças na lei

 

Além da conversão das áreas físicas em valores financeiros, a proposta prevê mais duas alterações estruturais no Plano Diretor:

  • Habitação popular: o texto promete destravar a criação de novos loteamentos e facilitar projetos como o Minha Casa Minha Vida, hoje considerados travados por exigências burocráticas que dificultam a implantação de moradias em áreas de interesse social.

  • Recuo obrigatório: a gestão também quer reduzir de 30 metros para 5 metros a exigência mínima de afastamento frontal em construções como casas geminadas e prédios residenciais. A mudança, segundo o município, visa combater os chamados vazios urbanos — lotes ociosos que encarecem o metro quadrado e dificultam o adensamento de regiões já urbanizadas.

 

Câmara deve fazer novas audiências

 

O presidente da Câmara Municipal, vereador Gilsão Meu Povo, confirmou que a proposta será recebida na segunda-feira e passará por debate nas comissões e audiências públicas.

— A expectativa é que o projeto chegue na segunda. A partir daí, vamos realizar pelo menos duas audiências públicas para discutir com a sociedade — afirmou.

Por enquanto, o clima entre os vereadores é de abertura para o debate, mas sem consenso sobre todos os pontos.

O que está em jogo

 

As mudanças no Plano Diretor interferem diretamente no modelo de crescimento urbano da cidade, no custo da terra e na viabilidade de novos empreendimentos. A conversão de terrenos em dinheiro, se aprovada, também cria a obrigação legal de aplicar os valores em obras e melhorias urbanas dentro de um prazo determinado, o que pode gerar cobrança mais efetiva da população por resultados rápidos.

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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