O Banco Central deve lançar nesta quarta-feira, 04, novas modalidades para o Pix. A iniciativa busca oferecer uma alternativa ao débito automático e deve facilitar o pagamento de despesas recorrentes, streamings e outras assinaturas. O anúncio oficial será feito em um evento em São Paulo nesta quarta-feira. A modalidade começa a valer a partir do dia 16 de junho.
Embora tanto o Pix Automático quanto o Pix recorrente ofereçam a mesma possibilidade de pagamento, há pequenas diferenças entre elas. O Pix automático permite que uma empresa envie uma solicitação de autorização ao cliente, que aceita o débito automático para pagamentos variáveis ou com frequência flexível. Não necessita de convênios entre empresas e bancos, e por isso, o BC estima que esse modelo deve ser utilizado por pequenos negócios.
Já o Pix agendado e recorrente já é oferecido por algumas instituições e permite que o pagador agende transferências com valores pré-determinados e fixos, em datas definidas e autorizando cada operação com antecedência. Em ambas as opções o usuário pode solicitar o cancelamento da recorrência a qualquer momento.
O sistema já foi testado pelo BC entre fevereiro e junho com o objetivo de assegurar que diferentes sistemas atuem de forma integrada, com trocas de informações eficientes e seguras, antes do lançamento oficial ao público.
Sistema em forte crescimento
Cinco anos após seu lançamento e mais de R$ 2,4 trilhões movimentados em um ano, o Pix transformou o sistema financeiro brasileiro. Segundo o estudo “O Novo Perfil do Consumidor Digital”, realizado pela fintech Koin, em parceria com o Instituto Datafolha, o sistema de pagamentos já alcança 84% dos consumidores online.
Mais do que números, o Pix redesenhou o papel do dinheiro na vida do brasileiro. Já são 836 milhões de chaves ativas, e 33 milhões de pessoas utilizam o Pix como seu principal instrumento financeiro, em vez de cartões ou boletos.
Inspirado pelo sucesso do Pix, países como Argentina (Transferências 3.0), México (CoDi) e Colômbia (Transfiya) vêm estudando a replicação de modelos similares, com apoio de bancos centrais locais. O estudo destaca que o sistema A2A (account to account) — no qual o Pix se baseia — deve se tornar o padrão em países emergentes, por eliminar intermediários, reduzir custos e facilitar a liquidez imediata.