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Mercado prevê crescimento econômico de 2,2% em 2025

Expectativa de inflação cai de 5,44% para 5,25%

O mercado financeiro melhorou suas expectativas com relação à inflação e ao crescimento da economia brasileira para 2025. Trabalha também com a previsão de desvalorização do dólar, até o final do ano. É o que indica o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central (BC)

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país), o mercado aumentou pela segunda semana consecutiva as expectativas de crescimento. Há uma semana, projetava crescimento de 2,18% ao final de 2025 com um crescimento de 2,18% – percentual que subiu para 2,20% na pesquisa divulgada hoje.

Há quatro semanas, a expectativa de crescimento da economia do país estava em 2,02%. Para os anos subsequentes, espera-se um PIB de 1,83%, para 2026; e de 2% em 2027.

Puxada pela agropecuária, no primeiro trimestre de 2025 a economia brasileira cresceu 1,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%.

O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.

Inflação

A expectativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, é que, em 2025, fique em 5,25%, ante aos 5,44% projetados há uma semana; e aos 5,5% projetados há quatro semanas.

Para 2026 e 2027, as projeções de inflação do mercado financeiro permanecem estáveis, em 4,5% e 4%, respectivamente.

Em maio, a inflação oficial do país ficou em 0,26%, taxa inferior às observadas em abril deste ano (0,43%); e em maio do ano passado (0,46%). Segundo o BC, a inflação oficial acumula taxas de 2,75% no ano; e de 5,32% em 12 meses.

O grupo de despesas que mais impactou na inflação de maio foi o de habitação, com uma alta de preços de 1,19%, influenciada principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial (3,62%).

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 14,75% ao ano.

A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros em 0,5 ponto percentual na última reunião, mês passado. Foi o sexto aumento seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária.

Em comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) não deu pistas sobre o que deve ocorrer na próxima reunião, prevista para iniciar nesta terça-feira (17). Afirmou apenas que o clima de incerteza permanece alto e exigirá prudência da autoridade monetária, tanto em eventuais aumentos futuros como no período em que a Selic deve ficar em 14,75% ao ano.

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