Uma organização criminosa responsável por aplicar golpes bancários por meio de ligações fraudulentas foi alvo da Operação Tempo Fechado, deflagrada nesta terça-feira (8) pelo Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Aparecida de Goiânia. A ação resultou no cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão e mandados de prisão temporária nas cidades paulistas de Praia Grande, São Paulo, Mogi Guaçu e Osasco.
De acordo com a investigação, o grupo utilizava uma técnica sofisticada de engenharia social conhecida como “golpe da central bancária”. As vítimas recebiam chamadas automatizadas com gravações que simulavam mensagens legítimas de bancos, informando sobre uma suposta compra de R$ 1,9 mil. Ao digitar a opção para contestar a operação, a ligação era transferida para um integrante da quadrilha, que se passava por atendente da instituição financeira.
Durante o atendimento falso, os criminosos induziam a vítima a fornecer senhas bancárias e a permitir o acesso remoto ao celular, possibilitando a movimentação de contas e o roubo de valores. Uma das vítimas, moradora de Aparecida de Goiânia, chegou a perder cerca de R$ 100 mil em um único golpe. A estimativa é que dezenas de pessoas em todo o Brasil tenham sido lesadas.
Durante a operação, foram apreendidos equipamentos eletrônicos, documentos e materiais que comprovam a atuação do grupo. As ações contaram com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, por meio de equipes táticas especializadas. Os envolvidos devem responder por estelionato qualificado, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
As investigações continuam para identificar outros integrantes e dimensionar o total do prejuízo causado às vítimas em diferentes estados do país.
