Espetáculo “Menos da Metade”, da Quasar Cia. de Dança, chega ao palco do Teatro Goiânia
Menos da Metade traz como tema central o desaparecimento do bioma, que já perdeu mais da metade de sua vegetação nativa
O Teatro Goiânia, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), recebe neste fim de semana um dos espetáculos mais indagadores da trajetória da Quasar Cia. de Dança: Menos da Metade. A curta temporada terá duas apresentações, sendo neste sábado (19/07), às 20h, e no domingo (20/07), às 19h.
Os ingressos estão à venda pela plataforma Sympla, com valores entre R$ 50 e R$ 140. Também haverá venda presencial nos dias das apresentações, na bilheteria do teatro, com opção de pagamento via PIX.
Menos da Metade
Criado em 2023 para celebrar os 35 anos da Quasar, Menos da Metade tem como tema o desaparecimento acelerado do Cerrado, bioma que já perdeu mais da metade de sua vegetação nativa. O espetáculo transforma o corpo dos intérpretes em um grito poético pela preservação, convidando o público a sentir, por meio da dança, a urgência de proteger o que ainda resta.
“O espetáculo é uma tentativa de fazer o público sentir o Cerrado no corpo — suas texturas, seus cheiros, sua resistência, sua fragilidade. A destruição do nosso bioma não é só ambiental, é também existencial. Precisamos falar sobre isso, mesmo que doa”, explica o coreógrafo Henrique Rodovalho.
Com trilha sonora original, cenografia sensorial e um elenco de bailarinos goianos em plena maturidade cênica, Menos da Metade traduz o DNA da companhia: precisão técnica, gestualidade autoral e profundo apelo emocional. A iluminação — também assinada por Henrique Rodovalho — acompanha as estações do bioma, revelando tanto a beleza quanto o desespero de uma natureza que ainda pulsa, mas clama por socorro.
O espetáculo conta com figurinos de Cássio Brasil, cenografia de Marcus Camargo e trilha sonora composta por Luiz Fernando Clímaco e Henrique Reis, entre outras colaboraçõe
Elementos como percussões, sons do cerrado e as vozes femininas de Cláudia Vieira e Grace Carvalho despertam uma memória ancestral e, ao mesmo tempo, contemporânea. Mais do que uma performance, Menos da Metade se afirma como manifesto — um corpo coletivo que dança não apenas para ser contemplado, mas para mobilizar, emocionar e transformar.