Durante agenda oficial no Japão, nesta semana, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, apresentou ao ministro japonês da Economia, Comércio e Indústria, Ogushi Masaki, informações sobre o potencial do estado na área de mineração. O encontro resultou na confirmação do envio de uma missão técnica japonesa a Goiás, prevista para a segunda quinzena de agosto, com o objetivo de avaliar possíveis parcerias e investimentos no setor.
Segundo Masaki, há interesse de empresas japonesas em investir em mineração no estado. A iniciativa se insere em um contexto de crescente demanda internacional por minerais estratégicos, como os elementos de terras raras, utilizados na produção de veículos elétricos, turbinas eólicas, baterias e equipamentos militares.
Goiás possui reservas promissoras em municípios como Minaçu, Nova Roma e Iporá, além de projetos em andamento como os da Serra Verde e Aclara Resources. O Brasil tem a segunda maior reserva mundial de óxidos de terras raras, ficando atrás apenas da China.
Durante o encontro, Caiado mencionou que o estado dispõe de infraestrutura como água e energia limpa, mas enfrenta o desafio técnico de separar os metais presentes nos minérios. Ele afirmou que o Japão possui o conhecimento necessário para colaborar nessa etapa da cadeia produtiva.
Iniciativas em inovação e tecnologia
Além das tratativas na área mineral, o governo estadual tem buscado consolidar políticas de incentivo à ciência e à tecnologia. Um dos exemplos é a criação da Política Estadual de Fomento à Inovação em Inteligência Artificial, aprovada recentemente. A medida tem como meta atrair projetos e investimentos em IA em setores como saúde, indústria e agronegócio.
O programa tem gerado interesse de empresas como a Amazon, que convidou o governador para apresentar a iniciativa em reunião com o vice-presidente global de Relações Institucionais, Shannon Kellogg.
De acordo com dados do governo, entre 2019 e 2024, foram investidos mais de R$ 689 milhões em ações voltadas à inovação. Entre os projetos em destaque estão o Hub Goiás, centro de apoio a startups, e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia), da Universidade Federal de Goiás, que já captou mais de R$ 300 milhões em recursos.