Candidatura a governador em 2022 é “ouro de tolo”
Não existe a menor possibilidade de uma candidatura do prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha a governador, em 2022, representando o MDB. A vaga pertence ao presidente estadual do partido Daniel Vilela e mesmo assim ainda depende da evolução da política estadual nos próximos meses, que pode evoluir para uma composição dos emedebistas com o governador Ronaldo Caiado e o DEM, com a montagem de uma chapa com Caiado disputando a reeleição e Daniel Vilela o Senado.
Gustavo Mendanha, catapultado para a política pelo então prefeito de Aparecida Maguito Vilela, que o lançou para a sua sucessão em 2016 e bancou a campanha, tem um dever de lealdade com Daniel Vilela, herdeiro político de Maguito e não poderia jamais confrontá-lo dentro do MDB em uma disputa interna pela candidatura a governador ou por qualquer outra posição.
Mas não é só isso. Gustavo Mendanha ainda é um nome restrito a Aparecida, com alguma repercussão em Goiânia depois de participar intensamente da campanha de Maguito à prefeitura em 2022 e pela vizinhança entre as duas cidades, mas ainda longe da necessária estadualização para chegar a disputar eleições majoritárias como a do governo do Estado ou do Senado. Fora de Aparecida, o prefeito é pouco conhecido.
Existe hoje um oba-oba em torno da candidatura a governador de Gustavo Mendanha, alimentada e estimulada dentro do seu círculo mais próximo de aliados políticos – todos, a propósito, na folha de pagamento da prefeitura. Há uma disputa entre eles para ver quem fica melhor aos olhos do prefeito e se habilita a mais vantagens, desde salários privilegiados até apoio para a sua futura sucessão ou para disputar uma vaga na Assembleia.
A candidatura a governador do prefeito de Aparecida, portanto, é “ouro de tolo”, expressão muito usada no passado que deu origem a uma música de sucesso de Raul Seixas e que, no geral, significa algo que parece ter valor, mas na verdade não tem. No mundo real, o futuro político de Gustavo Mendanha deve enfrentar complicações. Ele termina o seu segundo mandato na prefeitura aparecidense em 2024 e vai para a planície, ficando sem mandato e sem a força da máquina administrativa do município até as eleições de 2026, quando poderá disputar uma cadeira na Assembleia, quem sabe, mas muito mais difícil, na Câmara dos Deputados.
Da Redação