Aparecida

André Fortaleza: “Vereadores não são submissos e estão com o povo”

Da Redação

O presidente da Câmara Municipal de Aparecida, André Fortaleza, encaminhou na manhã de quinta-feira, 4, um texto-resposta ao Diário de Aparecida, no qual nega que o Poder Legislativo municipal seja submisso ao prefeito Gustavo Mendanha – conforme conclui matéria publicada na edição de ontem, 4, na página 3, que aponta a cooptação de vereadores e partidos políticos por meio da distribuição de cargos no Executivo municipal.

Fortaleza não explica por que não existe um único vereador de oposição em Aparecida. Ele também nega que o empréstimo de R$ 10 milhões de reais para a conclusão da nova sede do Legislativo tenha peso para a administração municipal, muito embora, sendo de responsabilidade da Câmara, em última análise vai acabar recaindo sobre os cofres públicos aparecidenses – hoje em crise diante dos gastos exagerados do ano passado e também pressionados pelas despesas geradas pela necessidade de enfrentamento à pandemia.

Nota da Câmara Municipal de Aparecida

A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, em nome do seu Presidente, André Fortaleza, sente-se obrigada a responder à matéria publicada no Jornal Diário de Aparecida desta quinta-feira, 04, na qual critica o Poder Legislativo por atuar em parceria com o Poder Executivo. Segundo Montesquieu, “todo homem que detém o poder tende a abusar dele”. Assim a separação dos poderes é uma forma de descentralizar o poder e evitar abusos na medida em que cada poder pode controlar o outro, assegurando a harmonia e independência entre os poderes executivo, legislativo e judiciário. Em Aparecida de Goiânia não é diferente, há um respeito mútuo entre os três poderes, mas não uma submissão. 

Primeiramente, reitera-se que a Câmara, assim como o seu quadro de vereadores, sempre respeitou e respeitará a liberdade de todo e qualquer veículo de comunicação de tecer opiniões, positivas ou negativas, sobre as atividades legislativas, até por entender que só assim a sociedade cria condições de se desenvolver em sua plenitude. Entretanto, o direito de responder às injustiças é, de tal forma, tão importante quanto.

Sendo assim, a Câmara esclarece que a informação de que houve “pouquíssimas” sessões nessa nova legislatura nada mais é que um equívoco, uma vez que desde o início do ano legislativo todas as sessões regimentalmente programadas foram realizadas, a exceção desta primeira semana de março, onde, por razões sanitárias e pelo legítimo temor com o avanço da Covid-19, as atividades em vários setores foram suspensas, o que não impediu os vereadores de continuarem seus trabalhos por modo remoto.

Além disso, a matéria afirma que hoje o Poder Legislativo não faz jus de sua independência em relação ao Poder Executivo. Isso também não pode ser visto como verdade, já que os parlamentares atuam com independência, defendendo seus pensamentos. Posicionamento que é sempre ressaltado pelo Presidente da Câmara ao afirmar que um dos focos desse novo mandato será a força do Legislativo junto ao povo de Aparecida, com intuito de apagar qualquer imagem negativa e arcaica que a população tenha colocado nos ombros dos políticos nos últimos anos. E, para isso, atuar com independência e responsabilidade é fundamental.

O empréstimo que a Câmara está buscando para finalizar a obra da construção da nova sede, que trará economia deixando de pagar aluguel, está em andamento, e não tem ligação com o Executivo, o mesmo será realizado e pago pelo poder Legislativo.

Conforme o presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, André Fortaleza (MDB), a Casa está a serviço do povo. “Não estamos fechados 100% com o Executivo, nem com o Judiciário, estamos fechados 100% com o povo de Aparecida que nos elegeu. Os demais poderes contam com nossa seriedade, responsabilidade e apoio no que é correto e necessário”, pontuou o presidente.

E é na atuação responsável que vem a necessidade urgente de trabalhar em parceria com a Gestão Municipal, diante de um momento tão trágico de nossas vidas. Estamos passando por uma crise sem precedentes, social e econômica, e procurar ajudar todas as forças públicas não significa ser conivente ou submisso a quem quer que seja e, sim, responsável com as milhares de pessoas que estão sofrendo em nossa cidade.

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