Notícias

Advertência de Caiado a Mendanha e Cruz: “Cada erro é pago com vidas”

Da Redação

O governador Ronaldo Caiado advertiu os prefeitos de Aparecida Gustavo Mendanha e de Goiânia Rogério Cruz sobre os problemas criados pelo modelo de isolamento intermitente do comércio, indústria e serviços por regiões, que na prática mantém diariamente aberto parte do comércio, indústria e serviços.

Caiado baixou um decreto, estabelecendo, com base científica, o revezamento 14×14, que prescreve 14 dias de portas abertas para as atividades econômicas não essenciais e em seguida 14 dias de reabertura, em todo o Estado.

O modelo é aprovado internacionalmente e leva a uma interrupção do ciclo do novo coronavírus, que é de 2 a 14 dias. No caso de Aparecida e agora com a possibilidade de Goiânia seguir o mesmo modelo de isolamento intermitente por regiões, isso não acontece. Pior ainda com as aglomerações que estão se registrando nos centros comerciais aparecidenses e que poderão se repetir na capital.

Caiado reclamou de ter sido surpreendido com a decisão de Rogério Cruz ao adotar, a partir da próxima segunda, 29, o fechamento do comércio, indústria e serviços por macrozonas, parecido com o sistema de Aparecida. Inclusive porque, a partir da próxima terça, 30, todas as atividades poderiam voltar à normalidade, por 14 dias, dentro de algumas regras que ele anunciou que explicitará em um próximo decreto, a sair no início da semana. O prefeito deu sinais de que poderá recuar.

O governador lembrou que “as regras do decreto estadual têm embasamento científico e que a continuidade é importante para a adesão das pessoas. Se não cumprirmos aquilo que comprometemos com a população, nós também perdemos a condição de pedir a eles que adiram ao isolamento nos 14 dias”, disse ele.

Lembrando: o modelo de isolamento intermitente, ao manter a maior parte das regiões de um município em livre funcionamento, todos os dias, não interrompe o ciclo da Covid-19, que é de 2 a 14 dias. Caiado tem feito críticas ao decreto de Aparecida de Goiânia, que havia estabelecido na semana passada o escalonamento por regiões, semelhante ao que agora será feito pela capital. Houve aglomerações em alguns pontos da cidade. “Se um município decide uma coisa e outro decide outra, um está prejudicando o outro. Temos de criar o bom-senso, buscar que as pessoas se conscientizem de que cada erro é pago em vidas. Estamos embasando o nosso decreto em uma prática já experimentada, por demais conhecida, que é o rodízio de 14 por 14”.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo