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Governo chinês fez alerta sobre golpistas comercializando imunizantes

A Embaixada da China no Brasil chegou a enviar no mês passado um ofício ao governo de Goiás alertando para golpistas que estariam se passando por representantes de farmacêuticas para aplicar golpes com a venda de vacinas contra a Covid-19.
O aviso foi uma resposta ao anúncio de que representantes do setor privado, Estados e municípios entraram em campo para comprar diretamente vacinas de empresas chinesas. A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), saiu na frente. O seu presidente, Sandro Mabel, logo anunciou ter encontrado disponibilidade de vacinas para aquisição.
Segundo o ofício encaminhado ao governo de Goiás, a Embaixada da China tem recebido repetidamente comunicados sobre pessoas que se apresentam como representantes de laboratórios do País. Os suspeitos de aplicar golpes dizem ter em mãos, para a suposta venda de vacinas, através de contratos paralelos aos negociados com o governo federal, embora não tenham credenciamento para realizar tais transações e muito menos acesso a doses para serem vendidas.
O alerta corrobora o que tem sido divulgado pelo governo do Estado: não há doses disponíveis além das que são negociadas pela União. Ainda assim, há no Brasil uma forte pressão pela compra de vacinas, que só devem ficar disponíveis para negociação com Estados, municípios e setor privado a partir da metade do 2º semestre deste ano. Essa perspectiva é em razão do processo de imunização no mundo, que tende a se regularizar nesse prazo.
Frente à alta demanda global por vacinas, os grandes laboratórios firmaram acordo de venda de imunizantes apenas para governos nacionais – muitos dos quais, ainda assim, não têm encontrado doses a pronta entrega. A busca de empresas e sub-entes nacionais por vacinas pode ampliar a disposição para golpes, desvios e falsificações, como alertou o ofício encaminhado pela Embaixada da China.
O comunicado da embaixada chinesa foi interpretado como uma resposta específica da embaixada sobre a proposta encaminhada pela Fieg para que o governo de Goiás fizesse a aquisição direta de vacinas. De qualquer forma, a negociação com a empresa indicada, a Fosun Pharma, não deu em nada, tendo tido a sua segurança preservada em razão de o Estado ter requisitado assistência da diplomacia da China.

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