Aparecida

Mendanha agora nomeia secretário exclusivamente para fazer “política”

Apesar de ainda distante e de se tratar de um pleito voltado para escolher o novo governador e os deputados estaduais e federais, sem conexão direta com os municípios, as eleições de 2022 passaram a ocupar toda a atenção do prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha.

Ele praticamente abandonou a gestão para se dedicar de corpo e alma ao objetivo de forçar o MDB a lançar candidato a governador em vez de se coligar com o DEM e apoiar a reeleição do governador Ronaldo Caiado, hoje considerado favorito até mesmo pela falta de alternativas viáveis na oposição.

Agora, com a nomeação do presidente do diretório metropolitano (Goiânia) do MDB, Carlos Júnior (nome completo: Carlos Alberto Branco Antunes Júnior), como assessor especial do seu gabinete, Mendanha mergulha ainda mais nas articulações políticas. O emedebista, recebendo pelos cofres aparecidenses, terá a missão de agilizar a agenda política do prefeito e de acompanhá-lo nas viagens pelo Estado afora.

Carlos Júnior estava desempregado, depois de ter acompanhado a leva de secretários indicados pelo MDB que se desligou da Prefeitura de Goiânia, após o rompimento do presidente estadual do partido, Daniel Vilela, com o prefeito Rogério Cruz. Na equipe de Cruz, ele ocupou por algumas semanas o esdrúxulo cargo de secretário de Economia Criativa, pelo qual passou em brancas nuvens, até mesmo pela falta de tempo para apresentar algum resultado.

De pouco mais de um mês para cá, Mendanha foi a Trindade, Luziânia, Morrinhos, Rio Verde, Anápolis, e a mais alguns municípios, atrás de prefeitos e vereadores para conversar sobre as eleições do ano que vem, além de estimular a mídia em torno do seu nome – o prefeito se ressente da falta de conhecimento do seu nome fora dos limites de Aparecida e se considera injustiçado por comandar uma das três prefeituras mais importantes do Estado, mas não receber o devido reconhecimento, nem mesmo dentro do seu partido, o MDB, onde quem decide é unicamente o presidente estadual, Daniel Vilela.

Há críticas que consideram um erro e exagero de Mendanha priorizar a política em plena pandemia, quando o foco deveria ser o combate à Covid-19, e antecipar a discussão sobre uma eleição que ainda ocorrerá daqui a quase um ano e meio. O próprio Daniel Vilela tem repetido, quase que diariamente, que a definição do MDB só ocorrerá no 1º semestre de 2022, momento que ele considera oportuno para abrir o debate quanto às eleições.

 

 

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