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Goiás tem dois casos suspeitos de infecção por fungo negro

Goiás possui dois casos de infecção por fungo negro em investigação. O Estado ainda não teve nenhum caso confirmado da doença. De acordo com a SES-GO, os casos “aguardam resultados de exames específicos no Estado”, sendo que uma amostra é avaliada no Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) e a outra em uma unidade da rede privada.

Pacientes que já tiveram o novo coronavírus são mais suscetíveis a serem contaminados com a doença por conta de baixas no sistema imunológico. A SES-GO informou, por nota, que ambas as pessoas estão internadas na Capital e são acompanhadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). “Vale ressaltar que a mucormicose não é transmitida de pessoa para pessoa, assim não há necessidade de isolamento dos pacientes”, alerta a nota. Um dos pacientes está internado no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Goiás (UFG). O estado de saúde dele é grave em decorrência de agravamentos neurológicos causados por uma isquemia cerebral.

A mucormicose é uma infecção fúngica grave, causada por fungos classificados como mucorales. Na prática, eles invadem os vasos sanguíneos e causam necrose nessas regiões, que, sem a circulação sanguínea, acabam ficando pretas. Daí o nome “fungo negro”. A infecção acaba atingindo de forma mais grave pacientes da Covid-19, porque os medicamentos utilizados para o tratamento da doença afetam o sistema imunológico dos pacientes. O infectologista Marcelo Daher aponta que, apesar da gravidade, a doença é incomum e aparece em situações onde o sistema imunológico está debilitado. (E.M.)

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