Editorial do Diário de Aparecida: Ai de ti, Aparecida!
O prefeito Gustavo Mendanha já passou dos cinco meses desde que iniciou o seu 2º mandato, conseguido através da repetição das mesmas promessas que fez na campanha para o 1º, que não foram cumpridas e, no último período eleitoral, inconsequentemente replicadas para lograr que as aparecidenses e os aparecidenses votassem no seu nome.
É um tempo perdido. Além da inauguração de duas ou três praças, reformadas, nada mais foi feito. Sete mil crianças continuam sem vagas para receber a educação infantil nos Cmei’s. Famílias vulneráveis, compreendendo mais de 40 mil pessoas, continuam vivendo em regime de insegurança alimentar, aguardando a implantação do Banco de Alimentos. Nenhuma obra foi iniciada. Nos bairros, o aguardado asfalto, em muitos setores lançado no ano passado durante a caça ao voto e depois suspenso, é mais uma vez anunciado em meio a um festival de marketing, com os moradores logo em seguida assistindo revoltados à retirada das máquinas.
Para piorar, o imaturo e inexperiente Mendanha meteu na cabeça que é articulador da política estadual, abandonando o expediente em Aparecida para viajar aos municípios, onde tem recolhido resultados constrangedores – como ocorreu em Jataí, onde o prefeito Humberto Machado, que é do MDB, se recusou a recebê-lo, alegando que só o faria se ele, Mendanha, se fizesse acompanhar do presidente estadual do partido, Daniel Vilela.
Aparecida merecia sorte melhor. Depois de homens de ação à frente do seu destino, como Norberto Teixeira, Ademir Menezes e Maguito Vilela, todos protagonizando gestões que transformaram o município, o que chegou é um tempo de marasmo e enganação. Os últimos quatro anos e meio acumularam desafios que interferem na qualidade de vida da população, sem resposta. E nada, absolutamente nada, indica que algum avanço acontecerá para retirar a 2ª cidade mais habitada do Estado da estagnação em que caiu sob a gestão de Mendanha. Ai de ti, Aparecida!