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Desarmar os espíritos dentro da legenda é o foco de Daniel

O presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, em mais uma demonstração de amadurecimento pessoal e político, desencadeou uma operação para desarmar os espíritos dentro do partido e promover a paz interna, pelo menos até o final deste ano. Daniel Vilela considera “precipitado”, por ora, abrir o debate sobre o posicionamento final do MDB nas eleições do ano que vem. Aliados, como o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, defendem o contrário, ou seja, querem que a legenda se defina logo pelo lançamento de um candidato próprio a governador.

Mendanha tem razões pessoais: ele guarda mágoa do governador Ronaldo Caiado, que, na campanha municipal de 2020, apoiou Márcia Caldas, do Avante, que se apresentou como alternativa para a prefeitura aparecidense. O Diário de Aparecida apurou que, majoritariamente, os emedebistas são a favor de uma composição com Caiado, assegurando nacos de poder para a sigla a partir de 2023, quando o novo governo será empossado.

Prefeitos, deputados, vereadores e lideranças não concordam com a tese de candidatura própria, expondo o MDB ao risco de levar a sétima derrota consecutiva e a partir daí virar pó.

Os dois emedebistas – Gustavo Mendanha e Paulo Cezar Martins – que vão contra essa tendência não têm cacife para reverter a onda. Desconfia-se que apenas procuram holofotes, visando a ganhar visibilidade para fortalecer futuros projetos políticos. Mendanha está numa situação complicada – correndo o risco de ser acusado de “deslealdade”, pior adjetivo que pode ser lançado a alguém na política – em relação a Daniel Vilela, a quem vive hipocritamente chamando de “irmão”.

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