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PSDB virou um partido quase nanico após série de derrotas acachapantes

Após governar Goiás por 16 anos e até eleger um “poste” (Alcides Rodrigues) para o Palácio das Esmeraldas, o PSDB de Marconi Perillo transformou-se em um partido quase nanico. A derrocada começou em 2014, quando o então governador Marconi Perillo expurgou a candidatura natural de Ronaldo Caiado (DEM) ao Senado Federal, optando por Vilmar Rocha. Caiado aliou-se ao MDB de Iris Rezende e impôs a primeira derrota ao grupo político dominante de Goiás.

O calvário tucano prosseguiu: em 2018, o próprio Marconi Perillo perdeu, de forma humilhante, a disputa ao Senado, ficando em 5º lugar, quando duas vagas estavam em disputa. E arrastou também para a derrota o governador José Eliton, que concorreu à reeleição. O PSDB elegeu, naquele ano, apenas um deputado em um universo de 17 vagas à Câmara Federal. Se salvou apenas na disputa por cadeiras da Assembleia Legislativa: seis parlamentares foram eleitos.

Nas eleições municipais de 2020, o PSDB sofreu novos abalos. De 55 prefeitos, o tucanato despencou para apenas 20, sem presença em municípios importantes como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde, Trindade, Senador Canedo, Catalão, Itumbiara, Formosa, Goianésia, Jataí e tantos outros.

Até o presidente estadual do PSDB, Jânio Darrot, abandonou o barco. Após atritos com Marconi Perillo em 2019, o ex-prefeito de Trindade renunciou à presidência do partido em 2020 e se filiou ao Patriota, na tentativa de se firmar como pré-candidato a governador, partido presidido em Goiás por um desafeto de Marconi Perillo: Jorcelino Braga, ex-secretário da Fazenda no Governo Alcides Rodrigues.

O tucanato não ficou apenas no “vexame eleitoral” em Goiás nos pleitos de 2018 e 2020; viu seu líder maior, Marconi Perillo, ser denunciado, investigado, condenado e preso por uso de caixa 2 em campanhas políticas. De forma tímida, sem presença física em eventos públicos, Perillo tenta voltar ao cenário político através de manifestações nas redes sociais, de olho em uma vaga à Câmara Federal nas eleições do ano que vem. Ele nem sequer tem residência em Goiás e mora em São Paulo. (H.L.)

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