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Oposição vive indefinição, sem projeto alternativo e sem nome para o governo

Daqui a um ano e quatro meses haverá eleições para o governo de Goiás. A cada dia diminui o prazo para que a oposição consiga um candidato em Goiás, pelo menos, minimamente viável. Para tentar chegar ao poder, a oposição tem se articulado em quatro frentes no Estado, lideradas cada uma, digamos assim, pelo ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot (Patriota), pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e pelo ex-deputado Sandro Mabel, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), além do inexperiente prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha.

Qualquer nome fora dessa lista seria uma tentativa de menor fôlego, já que do outro lado figura o governador Ronaldo Caiado (DEM), cuja gestão em plena pandemia é aprovada por cerca de 65% a 71% da população, conforme pesquisas divulgadas desde 2020. A balança pesa francamente para o lado do governador: ele ganhou as eleições em 2018 com 60% dos votos. Ou seja, a maior votação dos últimos 30 anos, o que, somado com a sua avaliação positiva, o coloca como favorito, obrigando os pré-candidatos oposicionistas a avaliar bem o quadro. O mais difícil para vencer o governador será encontrar um discurso. Cada eleição cria um “teatro político” específico – e com ele, um tema que domina as atenções.

A última disputa, por exemplo, foi “eleição de oposição”, a partir da temática da corrupção. Ficha limpa, o governador, com poucos apoios e a imagem consolidada em 30 anos de vida pública, soube chegar a uma vitória fácil. A disputa foi tão favorável à oposição da época que o candidato governista (José Eliton, do PSDB) ficou na 3ª colocação, atrás de Daniel Vilela (MDB). Os desgastes de quase três décadas do grupo marconista no poder foram essenciais para a narrativa que derrubou o PSDB

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