Mendanha isola Aparecida de parcerias ao romper com Caiado e Rogério Cruz
O prefeito Gustavo Mendanha isolou Aparecida administrativamente ao romper o diálogo com o governo do Estado e com a prefeitura da vizinha Goiânia – rompendo uma tradição que foi criada pelo seu antecessor Maguito Vilela, um gestor que trabalhou durante dois mandatos em sintonia com o governador da época, Marconi Perillo, de partido diferente, e com o então prefeito Iris Rezende.
As parcerias de uma prefeitura do porte da comandada por Mendanha com outros níveis de governo, como o do Estado e a da capital, são fundamentais para garantir benefícios para os moradores da 2ª cidade mais populosa de Goiás.
Mendanha convivia bem com Caiado, mas fez questão de se afastar quando o governador deu apoio, na eleição municipal do ano passado, para a candidata lançada pelo Avante em Aparecida, Márcia Caldas. Encerrada a campanha, o prefeito passou a manifestar ressentimento pelo gesto de Caiado, a ponto de não se importar com os eventuais prejuízos para o seu município em decorrência da falta de diálogo com a principal esfera administrativa de Goiás, ou seja, o governo do Estado.
Em relação a Rogério Cruz, que chegou a visitar Mendanha na Cidade Administrativa no começo do ano para discutir parcerias, o rompimento veio na esteira da crise com o presidente estadual do MDB, que determinou aos indicados do seu partido que se desligassem do Paço Municipal – em retaliação a alterações que Cruz quis introduzir na sua equipe de secretários para, como disse na época, “imprimir a sua marca na gestão de Goiânia”.
O resultado de tudo isso é que, hoje, Aparecida é um município isolado no contexto estadual, já que Mendanha não tem mais relações nem com Caiado e nem com Rogério Cruz. Recentemente, o governador fez uma visita a um colégio da rede estadual localizado na cidade, mas, em um gesto de descortesia, não teve o prefeito presente para a sua recepção.
