Com presença de público, Brasil e Argentina decidem Copa América
E com uma decisão de última hora, a prefeitura do Rio de Janeiro liberou a entrada de público no Maracanã, para a final da Copa América entre o Brasil e a Argentina, neste sábado, 10, às 21h, mas impôs o limite de 10% de ocupação por setor do estádio.
O prefeito Eduardo Paes disse que se a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), organizadora da competição, decidiu usar todo o estádio, que tem capacidade para 65 mil pessoas, significa que 6,5 mil pessoas poderão entrar desde que apresentem teste PCR das últimas 48 horas para comprovar que não estão com a Covid-19. Além disso, devem manter distanciamento nas cadeiras e o uso de máscaras. Originalmente a solicitação da Conmebol era para permitir a entrada de 50% de público, o que foi considerado inadequado diante da permanência da pandemia na cidade.
O prefeito Eduardo Paes lembrou que para a final da Copa Libertadores, no dia 30 de janeiro, também no Maracanã, ficou acertado que poderia ter a presença de convidados no limite de 5 mil pessoas. “Da outra vez a gente tinha liberado para 5 mil, eles pegaram um setor do Maracanã e botaram todo mundo junto. Agora, foram liberados 10% em cada setor.
O prefeito disse que a autorização para a presença e público na Copa América não deixa de ser uma espécie de evento teste neste momento em que as notícias sobre queda de internações e de casos da doença são melhores para viver uma transição. Paes garantiu que não recebeu pressão da Conmebol. “Soube pela imprensa que eles haviam feito uma solicitação. Consultei o secretário de Saúde. Eles avaliaram com a maior liberdade do mundo, decidiram ontem e me informaram que não viam problema em liberar. É um evento importante em que se presta mais atenção. Final da Copa América jogo Brasil e Argentina, mas não houve nenhuma pressão”, disse.
O jogo
Atual campeã do torneio disputado em 2019, também no Brasil, a Seleção Brasileira tenta o seu décimo título da competição continental. Em contrapartida, a Argentina tenta a sua décima quinta estrela da Copa América.
A grande vencedora do torneio é a seleção uruguaia com 16 conquistas. Essa grande diferença entre a própria seleção celeste e argentina com relação a brasileira, é explicada que em outras épocas o futebol brasileiro não dava tanta ênfase a disputa, o que reflete também nos títulos da Copa Libertadores da América.
A conquista por parte dos hermanos pode significar o encerramento de um jejum de 28 anos sem conquistar um título importante de sua seleção principal. A alcunha que a seleção carrega coincide com o mesmo tempo que o astro argentino Lionel Messi serve as cores azul e branca. O último título de expressão da Argentina foi justamente da Copa América em 1993.
Tite, técnico da Seleção Brasileira, comenta o que o jejum pode influenciar na disputa. “Isso é passado, quando a gente fica olhando para o passado não é referência”, disse Tite sobre a seca argentina. “Nós estamos invictos na Copa América, os números são os melhores das duas Copas Américas, então não vejo significado maior”, disse.
“É uma maratona mental que nós enfrentamos”, disse. “Nosso jogo é diferente do jogo da imprensa, do torcedor, no que se refere a preparação, treinamento, e estar concentrado”, afirmou. “Não dizendo que não seja importante, elas são importantes, mas com outro viés, de quem analisa sob um outro contexto. Para nós é da provocação, da tirada de onda, dos enfrentamentos, da história de enfrentamento em equipes de um e outro.