Prefeito de Goiânia está cada vez mais engajado na reeleição de Caiado
Apoio foi um balde de água em Gustavo que dava como certo o apoio de Rogério Cruz
Os últimos dias confirmaram uma boa notícia para a pré-candidatura à reeleição do governador Ronaldo Caiado e péssima, para as pretensões do prefeito de Aparecida e pré-candidato Gustavo Mendanha . Trata-se das declarações do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) sinalizando apoio ao democrata. O círculo gustavista já dava como praticamente certa uma aliança do colega goianiense ao seu projeto.
O prefeito Rogério vinha acenando com o possível apoio à eventual candidatura de Mendanha, após o anúncio do compromisso de aliança entre o governador e o presidente do MDB, Daniel Vilela, que rompeu a aliança com o republicano neste ano, composta para a eleição de 2020, que teve o ex-governador Maguito Vilela como candidato vitorioso. Maguito, porém, não chegou a assumir em decorrência das complicações da Covid-19, contraída na campanha e que o levaram a óbito em janeiro.
Com a efetivação do vice Rogério Cruz, poucas semanas após a fatalidade com o titular, começaram a surgir problemas entre o prefeito e o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, filho e herdeiro político de Maguito. Aos poucos, o grupo de emedebistas que compunham a equipe do novo prefeito foi perdendo espaço, com a substituição de alguns por pessoas de outras ligações políticas. Daniel começou a reagir diante do que viu como redução dos espaços do MDB, até optar por entregar os cargos do partido no Paço Municipal.
A relação entre o prefeito Rogério Cruz com o governador, que vinha transcorrendo bem, começou a sofrer certo esfriamento ante o anúncio do compromisso de aliança do MDB com o democrata, já para as eleições de 2022. O esfriamento aumentou quando ocorreu uma crítica inesperada de Daniel ao prefeito republicano.
Nesse intervalo, chegou até a ocorrer troca de afagos entre Cruz e o colega de Aparecida, dando margem à interpretação de que estaria ocorrendo uma aproximação com Mendanha. Mas Rogério Cruz surpreendeu, de repente, ao deixar clara sua posição favorável à reeleição de Caiado. “Hoje não tenho dúvidas de que o melhor nome para ser governador no próximo mandato é justamente o atual governador”, pontuou.
Houve impacto. De olho na reeleição em 2024, tanto o próprio prefeito goianiense quanto a cúpula nacional do seu partido têm consciência do peso e da importância do apoio de um governador bem avaliado, que realiza uma gestão sem mácula de corrupção e que trabalha com o foco 100% voltado para o desenvolvimento do Estado.
A favor, há que se ressalvar o peso das tratativas desenvolvidas por Ronaldo Caiado com os partidos políticos, tanto com os de sua base eleitoral quanto com os que não pertencem ao leque dos aliados em Goiás e em nível nacional. Existe um fator determinante que contribui para isso quando o democrata é um dos lados da articulação: a sua credibilidade como negociador nos diversos acordos com outros partidos de que participou ao longo dos seus mandatos na Câmara e quatro anos como senador.
O deputado federal Rubens Otoni (PT), por exemplo, elogiou certa vez o comportamento de Caiado nas negociações no Congresso, embora ressalvando a diferença ideológica entre eles. Mas segundo Otoni, o lado bom de fazer acordo com Caiado é que ele era “um bom cumpridor de acordos” no âmbito do Legislativo.
A imagem construída pelo governador ao longo de décadas de militância política não é a de político aventureiro, mas sim uma liderança comprometida com projetos bem traçados e fundamentados. Por isso, o seu nome é sempre lembrado também para voos elevados, no cenário político brasileiro. E sempre solicitado pelas grandes redações a participar de debates dos grandes temas de interesse do País.