Ao contrário de Goiás, em Aparecida, cálculo de mortes por Coronavírus não para de subir

Baseado no cruzamento de dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Goiás registrou 371 óbitos por Covid-19 no mês de outubro, o menor número desde maio de 2020, quando 146 pessoas morreram por complicações da doença. Comparado a setembro deste ano, que registrou 758 mortes, houve queda de 51% nos registros. As informações também apontam redução no número de internações em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por Covid-19. Ao longo dos 31 dias do mês foram 312 internações contra 925 em setembro, uma diminuição de 66,27%. O menor índice anterior havia sido registrado em maio de 2020, com 289 pacientes internados.

Embora em Aparecida de Goiânia, de setembro para outubro deste ano, o número de mortes em decorrência da doença registrou queda de 55 para 30, o cálculo de óbitos não para de subir. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, até as 17 horas desta quarta-feira, 3, Aparecida possuía 359 casos ativos, que estavam hospitalizados ou monitorados pela Telemedicina, oxímetros e exames. De 91.868 casos confirmados, 89.793 estavam recuperados e 1.716 vieram a óbito por Covid-19, com um óbito confirmado nas últimas 24h. No momento, a taxa de ocupação geral de leitos de UTI para tratamento da Covid-19 estava em 50% e as enfermarias tinham ocupação de 23% na rede pública.

Para a Superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Flúvia Amorim, este é o melhor momento que vivemos em Goiás desde o início da pandemia, graças ao empenho do governo estadual em incentivar a vacinação. Até o momento, 46,54% da população geral do Estado está com o esquema vacinal completo, seja com as duas doses ou a única, ou seja, 3.353.969 goianos estão imunizados. Em Aparecida, o número é de 44,06% dos habitantes, com 265.182 doses aplicadas.

Se o recorte for feito com a população acima de 15 anos, 90% receberam a primeira dose e 60% estão com o esquema vacinal completo em Goiás. “Hoje vivemos o melhor momento, mas os números não podem ser interpretados com o fim da pandemia”, alerta Flúvia Amorim. Levantamento realizado pela SES-GO apurou que, referente à primeira dose, foram aplicadas 5.059.188 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado.

Entre sábado, 30 de outubro, e terça-feira, 2 de novembro, houve apenas três solicitações de internações em UTI’s para pacientes com Covid-19 em todo o Estado: duas no domingo, 31/10, e uma na segunda-feira, 1º. “A queda no número de pedidos de internação de UTI’s é um indicador importante, mas não podemos pensar que a pandemia acabou. Outros países passaram pelo que estamos passando e relaxaram demais, abandonaram a máscara, como Holanda e Reino Unido e estão tendo de retomar as restrições. O pedido é manter o uso das máscaras, o distanciamento de pelo menos um metro do outro e escolher ficar em locais abertos, com ventilação”, pontua a especialista.

Até ontem, 4, em Goiás, a taxa de ocupação das UTI’s exclusivas para Covid-19 era de 29%, com 109 pacientes internados na rede administrada pela SES-GO. Nas enfermarias, a taxa de ocupação era de 16%, com 55 pacientes.

Apesar de redução de transmissão, especialista reforça cautela

O último mapa de risco da SES-GO revela apenas uma região em situação crítica e nenhuma delas em calamidade. As demais estão em alerta. A região considerada crítica é a do Pirineus, que engloba os seguintes municípios: Abadiânia, Alexânia, Anápolis, Campo Limpo de Goiás, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Gameleira de Goiás, Goianápolis, Pirenópolis e Teresópolis de Goiás.

“Desde o início da pandemia, estamos vendo uma melhora gradativa deste mapa. Sabemos que, de uma forma geral, as pessoas estão ansiosas, mas nosso recado é que o momento de volta completa à normalidade vai chegar e está cada vez mais próximo, mas não podemos nadar e morrer na praia. Ainda é preciso cautela. Precisamos de 70% da população de Goiás totalmente vacinada por completo”, acrescenta a superintendente.