Aparecida

MARCHA À RÉ: Depois que Mendanha assumiu, em 2017, investimentos em Aparecida despencaram

Município já esteve entre os 15 melhores do país no quesito Gestão Fiscal, mas agora caiu para o 249º lugar, conforme a pesquisa da FIRJAN

Mais uma notícia ruim para o prefeito Gustavo Mendanha: um estudo publicado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN sobre a Gestão Fiscal em todos os municípios brasileiros traz revelações negativas para Aparecida, entre elas a de que os investimentos da prefeitura despencaram desde que Maguito Vilela entregou o cargo ao seu sucessor, em janeiro de 2017.

A falta de investimentos em Aparecida é tão grave que afetou o desempenho global do município no ranking da FIRJAN, considerado como uma pesquisa criteriosa e de elevada credibilidade no país, denominado como Índice FIRJAN de Gestão Fiscal. Em 2019 Gustavo Mendanha ainda desfrutava do legado de Maguito Vilela frente a gestão da cidade, e por isso conseguiu se segurar na 26ª posição do ranking. Mas, de um ano para o outro, caiu 223 posições.

A nota também demonstra forte queda no índice quando a cidade é comparada somente com cidades goianas. Em 2019 a cidade estava em 3º no ranking estadual. Acabou caindo para 8º em 2020.

Com base em dados oficiais, o IFGF analisa as contas das cidades brasileiras por meio de quatro indicadores, que incluem autonomia e gastos com folha de pagamento. Os problemas de Aparecida de Goiânia se destacam no quesito “investimento”. Quando se avalia a situação dos investimentos da cidade, conforme a pesquisa, Aparecida de Goiânia está na condição amarela, que a coloca como sendo de “dificuldade”. Isso, desde a posse de Mendanha, em 2017.

O levantamento que avalia a saúde financeira das prefeituras mostra que nos últimos anos o volume de recursos aplicados na cidade caiu de forma assustadora. Nacionalmente, Aparecida ocupava a 15ª posição no balanço da FIRJAN, em 2016, mas, depois que Mendanha assumiu em 2017, caiu para o 249º lugar em 2020, ano a que se referem os últimos números. Esse dado demonstra o contraste entre a gestão de Maguito Vilela e de seu sucessor, Gustavo Mendanha, com desvantagem gritante para esse último.

A queda nos investimentos da prefeitura tem a ver com a falta de identidade ou de uma marca para a administração de Mendanha, que, perto de completar cinco anos, ainda não tem uma única obra de expressão para apresentar. O prefeito também não cumpriu a maioria das promessas que fez nas suas duas campanhas eleitorais, conforme os planos de governo que registrou no Tribunal Regional Eleitoral.

Não à toa, há poucos dias, durante um evento em Aparecida, acompanhando o governador Ronaldo Caiado na entrega de benefícios para a população, o presidente estadual do MDB e filho e herdeiro político de Maguito Vilela anunciou que vai focar, a partir de agora, em mostrar o legado do seu pai para o município.

“A ideia é mostrar quem fez as coisas em Aparecida. Todas as obras são das gestões de Maguito. Quem mudou a cara da cidade foi ele e não o Gustavo”, afirmou o emedebista. Seguindo este caminho, Daniel Vilela, que será candidato a vice-governador na chapa da reeleição de Caiado, pretende fazer uma série de vídeos para mostrar as obras do ex-prefeito e “chamar a população aparecidense a uma reflexão”.

O levantamento da FIRJAN confirma essa visão de Daniel Vilela sobre o desenvolvimento de Aparecida e a estagnação que o município passou a experimentar depois da ascensão de Mendanha ao poder. O levantamento da FIRJAN também demonstra forte queda da prefeitura de Aparecida no IFGF quando a comparação se dá somente com cidades goianas. Em 2019 o município estava em 3º no ranking estadual. Acabou caindo para 8º em 2020.

Nas redes sociais, um internauta de Aparecida, Marcos Barbosa, comentou: “Estamos vendo isso no dia a dia. A cidade está descuidada. É muito marketing e pouca gestão”. Em poucas palavras, disse tudo.

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