Filiação de Bolsonaro deve expulsar Magda Mofatto do diretório do PL
Deputada mantém apoio a Mendanha e quer candidatura de oposição a Caiado
A deputada federal Magda Mofatto (PL), afirmou, em entrevista ao Jornal O Popular, que o deputado federal Vitor Hugo (PSL) precisa mostrar que tem voto antes de querer ser candidato ao Governo de Goiás. Conforme a parlamentar, o partido mantém o apoio ao projeto eleitoral do prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, independente da filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL.
O Gustavo Mendanha já mostrou que tem votos, e muitos, e o Vitor Hugo ainda não. Ele foi eleito na esteira do deputado federal Delegado Waldir. Então, ele primeiro precisa mostrar que tem voto”, comentou a parlamentar.
Esposa do presidente estadual do Partido Liberal, Flávio Canedo, Magda reforça que o comando do partido segue sem alteração em Goiás.
O Vitor Hugo quer o comando, mas o partido está conosco. O PL apoia o Bolsonaro. Então, não entra em discussão a direção do PL no estado de Goiás. Mas todos são bem-vindos e eu acredito que, o Bolsonaro se filiando, virão cada vez mais filiados do PSL”, ressaltou a deputada.
Magda Mofatto e seu marido Flávio Canedo controlam o PL goiano há vários anos e não permitem qualquer contraponto que possa ameaçar a hegemonia do casal na legenda. Eles escolhem a dedo os candidatos a deputado federal e estadual, a prefeito e as alianças para governador e senador.
Uma dificuldade é que o preferido de Mofatto para o governo, Gustavo Mendanha – prefeito de Aparecida de Goiânia – não quer se aproximar de Jair Bolsonaro, temendo perder votos. Isso acontece por que ele se coloca como pré-candidato de “centro” e não de “direita” ou de “extrema direita.”
Esse comportamento de Mendanha chegou a irritar o deputado federal Major Vitor Hugo, que não admite conversas sobre alianças com o prefeito de Aparecida de Goiânia. “Só vamos fazer aliança com quem Bolsonaro confiar no estado”, diz Vitor Hugo, ao descartar apoio a Mendanha.
O comando do PL goiano, mesmo antes da possibilidade de filiação de Bolsonaro e seu grupo político, já dialogava com o PSDB dos ex-governadores Marconi Perillo, o Patriota de Jânio Darrot e Jorcelino Braga e o PTC dos irmãos Fernando e Cláudio Meirelles, na tentativa de construir uma candidatura de oposição ao governador Ronaldo Caiado. (H.L.)