Aparecida

Empresários de Aparecida de Goiânia cobram levantamento econômico da prefeitura

Setor produtivo quer regularização das áreas dos polos industriais e diminuição da cobrança da taxa do ITCD

Eduardo Marques

A Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (Acirlag) encaminhou um ofício conjunto na última sexta-feira, 19, para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SDE) e Companhia de Desenvolvimento de Aparecida (Codap) cobrando o envio do levantamento das áreas e valores com e sem benfeitorias no município à Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços de Goiás (SIC). Na justificativa, o documento explica que a enumeração é para os procedimentos a ser elaborado junto à Secretaria de Economia de Goiás a fim de reajustar o pagamento do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) e a regularização dos terrenos industriais e empresariais.

As demandas foram apresentadas durante o Café Empresarial no dia 10 de novembro, com a presença do segmento produtivo do município, além do secretário Marlúcio Pereira, e o titular da SIC, Joel de Sant’Anna Braga Filho, na Associação do Parque Industrial Vice-presidente José Alencar (Aepia).

Ao Diário de Aparecida, o presidente da Acirlag, Maione Padeiro, afirmou que o Governo de Goiás está disposto a ajudar o segmento empresarial de Aparecida de Goiânia em todas as demandas. Ele pontua a necessidade da colaboração da Prefeitura de Aparecida de Goiânia nesse processo. “O secretário se colocou à disposição para intermediar e resolver essa demanda antiga e emergente dos empresários. O segmento empresarial ajudou a construir o que hoje Aparecida tem, com infraestrutura. Vários empresários vieram para Aparecida vieram com o objetivo de receber o benefício da regularização do terreno, mas precisam pagar os impostos. O ITCD na gestão passada era 4% e agora passou para 8% e essa taxa é muito alta para os empresários. A proposta foi enviada para a prefeitura, mas sem resposta”, criticou.

Maione cobra da Prefeitura de Aparecida de Goiânia o envio do levantamento das áreas e valores de terrenos com e sem benfeitoria para a SIC. “Agora cabe ao secretário Marlúcio Pereira [titular da SDE] e ao presidente da Codap, Luiz Antônio Faustino Maronezi, fazerem o levantamento junto aos polos industriais de Aparecida de Goiânia, que tem direito a regularizar o patrimônio deles. Os empresários estão preocupados e nós da Acirlag estamos cobrando as autoridades. O objetivo da Associação é ajudar os associados e fomentar a economia local”, frisou o presidente da Acirlag.

No dia posterior ao Café Empresarial, o titular da SIC apresentou a pauta à secretária de Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, que se comprometeu a realizar estudos para avaliar os pedidos e possíveis soluções às demandas. O objetivo é articular ações conjuntas para promover a geração de empregos e ajudar a categoria empresarial.

“Eu quero agradecer a secretária e passar para as mãos dela os pedidos que recebi dos empresários esses dias daqui de Aparecida, nós temos também os pedidos de Anápolis, de vários setores da sociedade. Adial [Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás], Acieg [Associação Comercial, Industrial e Serviços de Goiás], Fieg [Federação das Indústrias do Estado de Goiás]. Nós queremos aqui parceria com a Secretária de Economia e a secretária está afinada. Eu só disse para ela: ‘A senhora já economizou, já fez o RRF [Regime de Recuperação Fiscal]. Agora vamos atender um pouco os empresários, vamos flexibilizar alguma coisa para que eles gerem mais empregos’. O governador [Ronaldo Caiado] pediu para que eu procurasse os empresários e estou trazendo aqui algumas ações que a gente pode fazer nas leis que facilitam a recuperação de empresas do Estado”, frisou Joel de Sant’Anna Braga Filho em um vídeo divulgado nas redes sociais da pasta.

Durante o Café Empresarial, Osvaldo Zilli, proprietário das transportadoras Transzilli e ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag) de 2014 a 2017, pontuou que a redução do ITCD foi levada às autoridades, porém sem resposta. Ele recordou a oportunidade que teve de trazer dezenas de empresas para o município, além da construção da sede da Aciag, mas reforçou que um dos atuais entraves que impedem que empresas prosperem ainda mais é o valor do ITCD e a irregularidade dos terrenos. “Ainda não foi encontrada uma saída, precisa ser tratado. Os 8% cobrados aos que ainda precisam regularizar as áreas são abusivos. Sem registros, não há garantia alguma. A região era abandonada quando assumimos, hoje está asfaltada e estruturada pelos próprios empresários. Fomos nós que dividimos essa conta. Precisamos que a causa seja defendida e resolvida junto ao governo”, colocou Zilli ao secretário Sant’Anna.

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