Mais um indicador ruim: Aparecida cai no Ranking de Competitividade Municipal

Da Redação

O município de Aparecida teve um desempenho sofrível na 2ª edição, referente a 2021, do Ranking de Competitividade dos municípios brasileiros – elaborado pelo CLP – Centro de Liderança Pública, uma organização suprapartidária que busca engajar a sociedade na fiscalização dos governantes, conscientizar líderes públicos para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil e é responsável pela confecção do Ranking de Competitividade dos Estados.

Em 2020, o CLP publicou o 1º Ranking de Competitividade dos Municípios, seguido agora pela edição referente a 2021. Pouco mais de 400 prefeituras foram avaliadas, escolhidas, evidentemente, entre as maiorias e mais importantes do país. E uma das principais surpresas do novo levantamento foram os péssimos resultados para Aparecida, que caiu 7 posições do ano passado, quando já não estava bem, para este ano, indo do 202º para o 209º lugar.

O Ranking da Competitividade dos Municípios (foram analisados os dados de exatos 411 deles) inclui a avaliação de inúmeros quesitos, alguns sob controle direto das prefeituras, como a gestão fiscal, e outros que dependem da ação dos prefeitos e das políticas públicas que eles deveriam liderar. Um desses itens é o da Inovação – setor hoje de importância estratégica fundamental para o desenvolvimento econômico em qualquer nível, seja municipal, estadual ou federal. Nesse capítulo, Aparecida vai muito mal.

De 2020 para 2021, a gestão de Mendanha despencou da 149ª para a 199ª posição, o que demonstra que o município não pratica nenhuma política de aproveitamento da tecnologia como ferramenta de crescimento – ao contrário do que o prefeito repete noite e dia, chegando mesmo a viajar ao exterior, segundo ele, para buscar intercâmbio com “cidades inteligentes” como Barcelona, onde ele estava na semana passada.

O item Inovação e Dinamismo Econômico, na pesquisa do CLP, têm um peso decisivo. O Estado de Goiás, na gestão do governador Ronaldo Caiado, foi avaliado pela instituição, subindo no ranking e passando a figurar entre as 10 Unidades da Federação consideradas mais competitivas. Porém em Aparecida, como se vê, inovação só existe no discurso do prefeito.

Mendanha teve desempenho pífio, colhendo números negativos em praticamente todos os tópicos do Ranking de Competitividade Municipal. Em Inserção Econômica, ele caiu do 161º para o 168º lugar. Em Sustentabilidade Fiscal, despencou da 9ª para a 36ª posição, o que, aliás, confirma o mau resultado obtido por Aparecida no IFGF – Índice Firjan de Gestão Fiscal, em que o município desceu do 26º para o 249º lugar e, quanto ao funcionamento da máquina administrativa, um critério que pesa diretamente as virtudes e os defeitos de cada prefeito, Mendanha viu a sua gestão tombar da 16ª para a 59ª posição.

É bom lembrar que o CLP – Centro de Liderança Pública, assim como a Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro e o Instituto Rui Barbosa, que também publicaram nos últimos dias pesquisas mostrando queda no desempenho de Aparecida (o último quanto ao fracasso da Educação Infantil no município), é uma entidade independente, ou seja, que não se submete a influências políticas ou partidárias de nenhuma espécie. Os três organismos são técnicos, apurando índices que são levados em conta na formulação de políticas públicas no Brasil, em especial para os Estados e municípios.

Na Saúde e na Educação, Mendanha se saiu pessimamente. No primeiro, caiu entre 46 e 65 pontos na avaliação quanto ao Acesso à Saúde e aos Serviços de Saúde; no segundo, desabou entre 6 e 40 pontos em termos de Acesso à Educação e Qualidade da Educação – área em que o Instituto Rui Barbosa também evidenciou que a prefeitura só consegue atender pouco mais de 9% da população em idade de receber a Educação Infantil, deixando quase 30 mil crianças sem vagas nos CMEIs.