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Cirurgia robótica traz inovação ao tratamento do câncer de próstata

Procedimento apresenta ótimos resultados na recuperação do paciente, além de auxiliar o cirurgião na precisão dos movimentos

A tecnologia tem sido uma das fortes aliadas da medicina nas últimas décadas. Mais que garantir maior segurança na realização de procedimentos, ela tem contribuído com o trabalho desempenhado pelo médico. A cirurgia robótica é um dos exemplos dessa evolução. Amplamente utilizado no tratamento de tumores urológicos (principalmente de próstata e rim), o robô proporciona ao cirurgião visão ampliada, em alta definição e em três dimensões, além da realização de movimentos extremamente precisos, tornando o procedimento menos invasivo e mais eficiente.

Mesmo com a tecnologia permitindo grandes evoluções, a presença do médico é essencial. “O robô não realiza nenhum movimento sozinho. Através de um console cirúrgico (cabine de comando), o cirurgião executa todos os movimentos, que são reproduzidos pelas pinças robóticas no campo cirúrgico, com movimentos refinados e de altíssima precisão”, explica o médico cirurgião especializado em urologia e cirurgia robótica da Oncomed-MT, Jaime Comar Filho. “A estratégia cirúrgica cabe ao cirurgião”, pontua.

Exemplo disso é o tratamento do câncer de próstata, no qual a cirurgia aberta, convencional, é feita com um grande corte no abdômen. Já na cirurgia robótica, os cortes são menores, o que facilita a recuperação do paciente. “A cirurgia robótica apresenta diversas vantagens em relação à cirurgia aberta, não só para o paciente, mas também para o médico. O cirurgião consegue mais liberdade e precisão para trabalhar em espaços restritos. Para os pacientes, o procedimento é menos invasivo, proporcionando menor taxa de sangramento, menos dor no pós-operatório, melhor cicatrização e retorno precoce às suas atividades. Na grande maioria dos casos o paciente tem alta hospitalar no dia seguinte”.

A cirurgia robótica também é opção para o tratamento de doenças em outras especialidades, como cirurgia torácica, ginecológica, cirurgia oncológica, pediátrica, de cabeça e pescoço e do aparelho digestivo.

A plataforma é acoplada ao paciente e enquanto o procedimento é realizado, um segundo cirurgião fica próximo ao campo cirúrgico.

Cirurgia robótica e Laparoscopia – As duas técnicas são semelhantes. “Podemos dizer que cirurgia robótica é uma evolução da laparoscopia”, observa o médico.

 

Na laparoscopia também utiliza pequenas incisões, por onde são colocados portais de trabalhos, através dos quais são inseridas pinças laparoscópicas e um endoscópio. As imagens capturadas por esse dispositivo são transmitidas para um monitor na sala de cirurgia. Nesse procedimento, os instrumentos são manuseados pelo cirurgião, que enxerga seus movimentos pelo monitor.

Na cirurgia robótica o médico opera afastado do paciente. Os instrumentos ficam conectados aos braços do robô, controlado à distância pelo cirurgião. Ao invés de enxergar pelo monitor, como na laparoscopia, o cirurgião enxerga por um visor no console, que exibe imagens em 3D e em realidade aumentada.

Disponibilidade – Até o momento, o setor de saúde de Mato Grosso não conta com uma plataforma robótica. Pacientes em condições de receber esse tipo de tratamento são operados em outros estados. “Tenho operado meus pacientes em São Paulo e no Paraná, mas espero que isso logo seja realidade em nosso Estado.”

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