Brasil

Vitor Hugo chega para dar as cartas no PL, com aval de Bolsonaro. E veta Mendanha

Deputado federal descarta apoio ao prefeito de Aparecida pelo jogo dúbio com partidos de esquerda e apresenta o seu próprio nome como candidato ao governo

Helton Lenine

O deputado federal Major Vitor Hugo vai trocar o PSL pelo PL para acompanhar o presidente Jair Bolsonaro e, de imediato, já admite disputar o governo de Goiás. Ele foi o único político goiano citado por Bolsonaro durante discurso na solenidade de filiação ao PL, no último dia 30, em Brasília. “Lá em Goiás temos o major Vitor Hugo”, lembrou o presidente, referindo-se a uma eventual participação na disputa pelo Palácio das Esmeraldas.

Vitor Hugo chega ao PL goiano dando as “cartas” e vetando com firmeza qualquer apoio ao prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha à sucessão estadual, filiado ou não ao partido. “Ao não assumir abertamente ser um aliado do presidente Jair Bolsonaro e por estar próximo da esquerda, inclusive com presidentes de cinco partidos dessa ideologia no secretariado, Mendanha se afastou de nós.”

O PL está mergulhado numa crise interna em Goiás: de um lado Vitor Hugo, que se coloca como pré-candidato a governador; de outro, a deputada federal Magda Mofatto, que defende o nome de Mendanha à sucessão estadual para 2022. Em entrevista ao portal Poder 360, o major Vítor Hugo disse que o seu perfil é mais para o Executivo, admitindo concorrer ao cargo de governador de Goiás.

“Fiquei 21 anos no Exército. Comandei tropas na Amazônia, na Brigada Paraquedista, das Forças Especiais do Exército. Participei de missões especiais no exterior. Alguém no Executivo, por ter a caneta na mão, tem condições de fazer muito mais”, rememora.

O parlamentar bolsonarista ressalta que, se se consegue fazer alguma coisa como deputado, imagina como governador, como prefeito, presidente, liderando uma equipe grande. “Minha prioridade é a reeleição do presidente Bolsonaro. Mas, se ele entender que eu contribuo mais concorrendo ao governo, estou pronto para receber a missão. Se ele entender que é preciso manter um deputado leal, eu volto à Câmara. Sou um soldado do presidente e um soldado de um projeto maior que é a consolidação da direita conservadora em Goiás e no Brasil”, enfatiza.

Vitor Hugo deixa claro que Jair Bolsonaro recebeu “carta branca” do presidente Valdemar Costa Neto para decidir as candidaturas majoritárias (governador e senador) nos estados. “É claro que ele quer ter o máximo de controle do partido. O presidente não precisa de palanques em todos os Estados para ser reeleito. Ele tem uma conexão direta com o eleitor. Mas os deputados estaduais e federais precisam de um palanque para que ganhe força.”

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo