Saúde

Aparecida de Goiânia investiga quatro mortes por suspeita de dengue

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as mortes são de duas crianças e dois adultos, e aconteceram nos primeiros dias de 2022

Eduardo Marques

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia está investigando quatro mortes por suspeita de Dengue que aconteceram nos primeiros dias de 2022. Segundo a pasta, as mortes são de duas crianças e dois adultos. As mortes aconteceram nos dias 3 e 4 de janeiro. Foram colhidas amostras para analisar a causa das mortes. Segundo a SMS, apenas depois de todos os resultados será possível definir se os óbitos têm ligação com a dengue.

As pessoas que morreram com suspeita de dengue neste ano eram duas crianças, de 6 anos e 1 ano e 9 meses, e dois adultos, um jovem de 18 anos e um idoso de 73 anos. De acordo com o coordenador de Vigilância Ambiental da cidade, Iron Pereira, outras três que ocorreram em 2021 também estão sendo investigadas para saber se possuem relação com a dengue. Assim como os que aconteceram este ano, os resultados ainda não ficaram prontos.

A SMS de Aparecida informa que tem realizado uma força-tarefa semanal nos bairros com mais número de casos notificados e que os agentes de endemia de cada área também estão realizando visitas domiciliares diariamente com o objetivo de reduzir os pontos de focos do mosquito Aedes na cidade e também orientando a população sobre cuidados.

Nas duas últimas semanas de 2021 as equipes da SMS estiveram no Jardim Tiradentes e Colina Azul. Nesta semana de 2022, as equipes da Vigilância em Saúde percorreram imóveis e ruas do Setor Independência Mansões, que é o 4º em número de casos confirmados na cidade.

A coordenadoria ressalta que as ações terão continuidade nos próximos dias e que é importante que cada morador tire um tempo do seu dia para limpar o quintal ou retirar objetos que possam acumular água parada de suas casas, além de realizar o descarte irregular de lixo e entulho.

De acordo com a SMS, em 2021 foram confirmados 8.150 casos de dengue em Aparecida e que ainda não há notificação de casos neste ano. Ressalta que as equipes técnicas da secretaria estão monitorando o surgimento de novos casos.

De acordo com dados da SMS do município, os bairros que apresentam maior número de casos são Jardim Tiradentes, Colina Azul, Buriti Sereno, Independência Mansões, Garavelo, Independência, Jardim Olímpico, Parque das Nações, Madre Germana 1 e Cidade Vera Cruz.

Goiás

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que até o momento, não houve confirmação de óbito em 2022, até porque esses óbitos ainda devem passar pelo Comitê. Em 2020, 47 óbitos por dengue foram confirmados em Goiás. Em 2021, foram confirmados 24 casos, e dez outros estão em investigação, sendo avaliados pelo Comitê de Investigação de Óbito por Dengue, a fim de se confirmar a causa da morte.

Em relação ao número de casos, em 2020, houve pouco mais de 86 mil notificações. Em 2021, foram 78 mil notificações, o que representa uma queda de 9% do número de notificações, em relação ao ano anterior.

“No entanto, vale ressaltar que nas duas últimas semanas de 2021, houve aumento de 300% das notificações de dengue no Estado, o que sugere que as medidas de combate ao mosquito Aedes sejam reforçadas”, destaca a pasta.

Segundo a SES-GO, entre as ações recentes do Estado, está uma reunião com representantes das Prefeituras dos municípios da Região Metropolitana de Goiânia, Federação Goiana dos Municípios (FGM), Conselho Estadual de Secretários de Saúde de Goiás (Cosems-GO) e representantes das 18 Regionais de Saúde para debate estratégias para combate à dengue e Chikungunya.

Covid-19 ou Dengue? Saiba diferenciar

É Covid-19 ou Dengue? Em tempos em que ambas as doenças estão em alta, a semelhança entre os sintomas vem confundindo muita gente. No entanto, elas têm origens e consequências bem diferentes. A farmacêutica Pfizer, responsável pelo desenvolvimento de uma das vacinas contra Covid-19 em vigor atualmente no País, conduziu um guia para auxiliar a população a diferenciar os dois vírus.

Antes de tudo, é preciso entender que, mesmo causadas por vírus, as duas doenças têm diferentes formas de transmissão: a dengue é transmitida através da picada do mosquito Aedes aegypti, então não é possível que uma pessoa passe dengue a outra. Já a Covid-19 se propaga de uma pessoa contaminada a outra, por partículas infectadas que se espalham no ar.

Assim, as diferenças entre as duas doenças já começam no método de prevenção, uma vez que a Covid-19 exige medidas como distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos. Quando se fala em prevenir a Dengue, o foco é o mosquito, então é preciso fiscalizar objetos que possam acumular água parada, para que o inseto não encontre as condições adequadas para se reproduzir.

O ponto chave é o quadro respiratório. Tosse, produção de escarro, dor no peito, falta de ar e alteração do olfato e paladar são sintomas apenas da Covid-19 e não aparecem em pacientes com dengue. Por outro lado, há alguns sinais mais comuns na doença causada pelo Aedes aegypti e não pelo coronavírus. Quando a pessoa apresenta manchas vermelhas na pele, dores nas articulações e problemas gastrointestinais, o paciente provavelmente está com dengue. Estes sintomas não são muito frequentes em pessoas infectadas pelo coronavírus, apesar de possíveis. (E.M.)

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