Promessa de Mendanha de construção de elevado na BR-153 não sai do papel

Ana Paula Arantes

Está parada a promessa de colocar em prática o projeto de construção do viaduto no cruzamento da BR-153 com a Avenida Otoniel da Cunha, que faz divisa com a Capital. Ao Diário de Aparecida, o presidente da Associação Comercial e Industrial da Região Leste de Aparecida (Acirlag), Maione Padeiro, explicou que a implantação do viaduto é de suma importância, pois irá destravar o desenvolvimento do comércio da Região Leste que sofre com as dificuldades de acesso causada pelo viaduto do Parque das Laranjeiras.

“O elevado está parado, ainda não tem nada por parte da prefeitura de Aparecida. Na última reunião (agosto de 2021) onde foi discutido o assunto, o prefeito havia feito o compromisso de lançar no final do ano passado o início do projeto, agora estamos em janeiro, e nada foi falado. Disse que estava aguardando a liberação de um recurso em torno de 700 mil reais, que viria sob aprovação do Senado Federal, mas, nada ainda”, disse Padeiro.

No encontro estava presente o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz que compreendeu a relevância da obra que ademais impactará beneficamente a Capital. No ensejo, o gestor pediu ao diretor de projetos da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) para levantar um estudo de viabilidade. As autoridades de Aparecida até o momento não se posicionaram. Até então, não tinha projeto, tendo apenas um esboço iniciado por um profissional de engenharia que permanece sem vias de negociação com a gestão municipal.

“Há anos que os empresários da Região Leste reivindicam a construção do elevado, e hoje, a situação está insuportável devido o crescimento da região, não só de Aparecida, mas também de Goiânia, onde cresceu o fluxo nos setores, como Parque Atheneu, e saídas para condomínios, a exemplo do Alphaville, entre outras. Atualmente estamos presenciando os transtornos na BR-153, com a cratera que abriu na ponte do córrego Santo Antônio. Se o elevado tivesse sido construído, as pessoas poderiam vir pela Avenida Bela Vista, entrar pela Avenida Jataí, pólos empresariais, região leste e atravessar para o outro lado”, especificou.

Outro agravo é que a Região Leste continua ilhada, no sentido de que os que almejam ir aos setores, Santa Luzia, Jardim Bela Vista e região, é preciso primeiro ir a Goiânia, o que prejudica em massa o comércio. O acesso é pela Avenida Contorno por meio do viaduto do Parque das Laranjeiras, onde há um gargalo que deixa motoristas dentro de um trânsito lento no horário de pico. Segundo, Padeiro, há informações de que na gestão Maguito Vilela (2009/2016) houve recursos financeiros, mas a maior parte foi conduzida para concluir uma alça no viaduto da Avenida São Paulo na Vila Brasília.

“Chega a ser uma omissão do poder público com a mobilidade da Região Leste, o que tem atrapalhado o desenvolvimento do comércio. A gente entende que os nossos deputados federais precisam assumir a responsabilidade, por ser uma obra que requer grande união, que destinem emendas específicas, carimbadas, impositivas para o projeto até sua conclusão. Precisamos sair de promessas politiqueiras que só tem atrasado o desenvolvimento do comércio. Um grande legado será deixado pelos que fizerem esse elevado”, finalizou.