Governo de Goiás pesquisa hábitos de vida e saúde da população
Resultado vai definir estratégias para diagnóstico e vigilância, bem como auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas de saúde
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), realiza, até 30 de abril próximo, o primeiro Inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), um trabalho inédito entre os estados brasileiros. A pesquisa é feita, por telefone fixo ou celular, com o objetivo de conhecer a realidade da população goiana, e, assim, avançar na melhoria das políticas públicas de saúde.
“Responder a pesquisa não é obrigatório, mas é importante a participação de todos que forem abordados. As doenças crônicas não transmissíveis causam 41% das mortes de pessoas abaixo de 60 anos no nosso País”, explica a gerente de Vigilância Epidemiológica de Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde da SES-GO, Magna Carvalho.
“A partir dos resultados, Goiás vai definir estratégias para diagnóstico e vigilância desses fatores, desenvolvendo políticas públicas de saúde condizentes com eles, e de maneira regionalizada”, esclarece Magna Carvalho. A análise vai considerar os determinantes sociais, econômicos, comportamentais e políticos, o que contribui para subsidiar estratégias de promoção da saúde.
Goiás será o primeiro no País a realizar esse trabalho em todo o território estadual. Até então, somente o Ministério da Saúde (MS) desenvolvia algo parecido, a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), desde 2006. Entretanto, o levantamento era utilizado apenas nas capitais e no Distrito Federal, o que impossibilitava uma avaliação ampla das diferentes realidades estaduais.
Vigilância de riscos
Existem pesquisas que apontam que os fatores de risco das doenças crônicas estão em ascensão no mundo todo. Magna Carvalho pondera que as DCNTs representam um dos problemas mais graves de saúde pública no planeta. “Globalmente, estima-se que esse grupo de enfermidades é responsável por 70% das mortes, sendo que mais da metade delas ocorre nos países de baixa e média renda”, pontua.
Os estudos sobre o tema comprovam a forte associação que as doenças mantêm com fatores de risco modificáveis, como obesidade, sedentarismo, tabagismo e dietas inadequadas – com excesso de gorduras saturadas e consumo insuficiente de frutas e hortaliças, por exemplo.
Segurança
Durante as entrevistas, os pesquisadores não farão perguntas sobre RG, CPF e dados bancários. Os participantes serão questionados sobre idade, sexo, escolaridade, estado civil, raça/cor e renda (não obrigatório), que são dados metodológicos do levantamento para que os resultados reflitam a distribuição sociodemográfica da população total.
A participação é voluntária e inclui municípios das cinco macrorregiões do Estado. Para integrar a pesquisa, é necessário ser maior de 18 anos e responder a entrevista informando nome, onde mora, quais hábitos alimentares e exames preventivos já realizou, além de discorrer sobre prática de exercícios físicos, tabagismo e uso de álcool.